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15 - Ouvindo os anjos
15 - Ouvindo os anjos

15 - Ouvindo os anjos

Vale destacar, também, uma passagem do livro de Terry Lynn Taylor, Anjos Mensageiros da Luz, para confrontarmos com as experiências, ouvidas durante aconselhamento, por parte dos autores de "A Sedução de Nossos Filhos", ela escreve o seguinte:

“Seja criativo com seu anjo da guarda. Em particular, seja como uma criança que tem um amigo e confidente invisível - os anjos da guarda gostam disso. É comum as crianças verem e falarem com seus anjos [...]. Muitas crianças têm amigos invisíveis a quem falam onde quer que estejam...”

“Na escola primária católica, as crianças são ensinadas sobre seus anjos da guarda no primeiro ano. Ensinam-lhes que seus anjos guardiões são amigos fieis que as ajudam enquanto estão na terra dando-lhes mensagens daquilo que Deus quer que façam, e que as guardam do mal [...]” (p.47).

Paulo Coelho também dá sua contribuição com o incentivo em As Valkírias: “Os anjos estavam contentes porque tinham sido contatados de novo. (as pessoas)...Já haviam conversado antes, na infância, quando (eles) apareciam sob a forma de “amigos ocultos”...” (p. 156).

Em um dos capítulos de A Sedução..., os autores falam do número alarmante de jovens, rebeldes, problemáticos, levados ao vício das drogas, sem temer a Deus, desobedientes e agressivos com os pais, em sua maioria, eram conduzidos por vozes... Por um sentimento inexplicável, que os induzia à rebeldia gratuita. Por vezes tirava a paz da família, ou por causa de uma pressentida ‘presença’. Essas vozes os induziam à mentira, à desobediência e à desestruturação de suas vidas, incutia-lhes complexo de inferioridade, ódio aos pais e impressão de que eram rejeitados e não amados.

Em uma de suas conferências uma moça manda um bilhete a Neil T. Anderson e pede que ele a ajude, depois ele ouve seu relato:

“... Eu passava a maior parte do tempo recolhida a um cantinho de minha mente. Contudo, mesmo assim não conseguia me esconder das vozes aterrorizantes, das blasfêmias, ou do ódio acusatório [...]. Quando tinha sete anos, comecei a ouvir vozes, e a ter amigos imaginários. Aos dez, sofria de bulimia, aos doze tornei-me sexualmente promíscua. Pertenci a uma seita durante dez anos [...]” (p. 25).

Outro caso por eles abordado é o de uma menina de 11 anos, com problemas de depressão, dificuldades de relacionamento e tendência ao lesbianismo. A mãe nunca havia considerado que o problema poderia ser de ordem espiritual. Encorajada a baixar a guarda e ter um diálogo com sua filha, ouviu dela que “sua vida era um pesadelo, pois havia quatro personalidades distintas conversando com ela. Uma delas parecia manifestar-se sempre que se sentia irada [...], prometendo-lhe poder para ler a mente alheia e colocar ideias e pensamentos em outros, desde que ela o adorasse” (p. 40).

“Será que todo pensamento maligno é “voz” de Satanás ou de um demônio?” - interrogam os autores, para logo em seguida responderem: “Não. A carne, a parte de nosso cérebro que nos impele a ser independentes de Deus e a buscar satisfação própria, também produz pensamentos pecaminosos e sugere atos perversos. Além disso, a influência de filmes, músicas, livros seculares e da televisão, contribui para a implantação, em nossa mente, de ideias contrárias a Deus” (p. 11).

Os autores afirmam ainda, que as crianças estarão brincando com fogo, caso os responsáveis permitam que os mesmos cultivem seus “amigos imaginários”, muitos pais não saberiam o que fazer se isso acontecer em grau elevado, em que a perturbação espiritual altera as faculdades mentais.

Em determinado trecho de seu livro, As Valkírias, Paulo Coelho explica que os anjos eram contatados na infância, algumas décadas atrás foi reduzido esse contato porque os pais não entendiam o fato de seus filhos conversarem com gente que não existiam. Lamenta.

A Nova Era prega que há possibilidade de “encontrarmos” anjos das formas mais casuais possíveis, nos momentos de dificuldades, onde a pessoa precisa muito de uma mensagem, pode ser através de uma criança que está vestida de anjo para alguma apresentação, e que a pessoa nem imaginava encontrá-la naquela hora, pode ser o nome do anjo escrito em algum lugar, seja parede, outdoor, algumas coincidências que trazem soluções ou palavras de conforto que vêm ao encontro do necessitado, embora quem profere tais palavras não faz a menor ideia do que o outro está necessitando, etc.

Enfim, essa corrente acha que a pessoa só precisa estar atenta, “aberta” para todos esses “sinais” e possa reconhecer como a atuação dos anjos em sua vida.

Na verdade, escrevo pensando nos adultos que estão em busca do sobrenatural, seja angelical ou não. Não tenho ouvido falar de crianças que são ensinadas a cultuarem o anjo da guarda, embora a catequização exista.

Penny Mclean, em seu livro "Contatos com o Anjo da Guarda", (Ed. Pensamento), também nos conta que quando criança bem pequena rezava para o Anjo da Guarda, mas depois ele Foi esquecido e o Anjo não gostou nada disso, pois queria que ela tomasse conhecimento da existência dele e que o compreendesse:

“Por mais que eu viva - diz a autora -, nunca me esquecerei da primeira vez que ouvi o meu Anjo da Guarda conscientemente. Como uma voz estranha em minha cabeça, ele se apresentou como “algo” que senti ter pressa em me ajudar” (p.11). Ela estava com nove anos.Ele se apresentou como “algo”, não como anjo da guarda.

Por essa ocasião as pessoas começaram a definir a escritora como clarividente; mas ela não aceita ser chamada de médium, pois, “essas pessoas abdicavam de suas personalidades e consciência para se entregarem a uma força dominadora”, diferente do relacionamento que ela tem como afirma, com seus informantes invisíveis.

Entende por que pode ser bem “light?” Beira à mediunidade, mas a autora não chega ao nível de ficar inconsciente. E daí, se ela continua com essa coisa “leve?” O importante para os espíritos é ficarem lá. Para eles, tudo ao seu tempo.

Por volta dos dezenove anos Penny conheceu uma astróloga que seria de muita importância para a sua vida, e a astróloga, depois de uma breve conversa, reconhece-a como um “radiotransmissor” do além.

“Meu Anjo da Guarda passou a falar regularmente comigo [...] - nos fala Penny -, não havia apenas uma entidade trabalhando!” (p. 16). Por causa disso ela procurou sua astróloga, e mestra, que lhe disse: “Nenhuma pessoa tem apenas um Anjo da Guarda” (p. 17). Isso provava, na opinião da astróloga, que o canal para contato com os “acompanhantes invisíveis” estava aberto.

O livro homônimo de Jó conta que houve uma reunião no céu, com Deus e seus filhos (anjos), e entre os filhos de Deus apresentou-se Satanás. Deus o viu e perguntou-lhe de onde ele vinha, Satanás respondeu: “De rodear a terra e passear por ela (Jó 2.2)”.

Esse passeio de Satanás, bem como a liberação de demônios pelo anjo chefe do abismo, proporciona a certas pessoas manterem contato com forças ocultas satânicas, que levam o nome de “espírito encarnado”, “espíritos iluminados” e, claro, “anjos”, muitos anjos. O trecho bíblico é bem claro ao afirmar que Satanás se apresentou entre os filhos de Deus.

- Os demônios recebem adoração desde os primórdios

“... E Jesurum (referência à Jerusalém)...  ...abandonou a Deus, que o fez, e desprezou a Rocha da sua salvação. Ofereceram sacrifícios aos demônios, não a Deus, a deuses que não haviam conhecido, deuses novos que apareceram há pouco, aos quais os vossos pais não temeram” (Deuteronômio 32. 15-17).

Que triste... “abandonou a Deus, que o fez, e desprezou a Rocha da sua salvação”. Não escolha, não fique em companhia e nem peça auxílio a quem não lhe formou. “Ofereceram sacrifícios... não a Deus, mas a deuses novos que apareceram há pouco”, por meio dessas novas teorias, novos conceitos que são assimilados.

“... (o rei) Jeroboão e seus filhos os lançaram fora (os levitas), para que não ministrassem ao Senhor; e ele (Jeroboão) constituiu para si sacerdotes para os altos, e para os demônios...” (II Crônicas 11.14,15).

Esse rei desprezou os sacerdotes que ensinavam pela Palavra de Deus e constituiu para si sacerdotes que não fossem tão “certinhos”, que permitissem uma coisinha aqui... Outra ali...

Essa adoração nem sempre é admitida, consciente. Alguns se negam a enxergar, são manipulados pelo reino das trevas.

Foi dito que à “estrela caída” foi-lhe dada a “chave do poço do abismo”. Demônios são liberados para “passear e rodear a terra”, qualquer um de “mente aberta”, disposto a invocar anjos, a “mergulhar no desconhecido”, a fazer contato com a “Alma do Mundo”, com os “Mestres Iluminados que habitam lugares remotos do Universo”, estará sujeito a contatar espíritos malignos.

Pedir a Deus que envie o seu anjo, é uma coisa, sair por aí afirmando que o viu e ouviu; é outra. Toda essa abertura proporciona contatos com espíritos demoníacos, “pseudoangelicais”. Refiro-me às invocações, a Bíblia chama de “penetração nas profundezas de Satanás”; diferente do contato que temos com Deus pela oração.

“Mas eu vos digo a vós e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás...” (Apocalipse 2.24).

 

 

 

 

TAYLOR, Terry Lynn. Anjos Mensageiros da Luz – Guia para o crescimento espiritual. Editora Pensamento, São Paulo, 12ª ed., 1997.

ANDERSON, Neil T. A Sedução de Nossos Filhos - Neil T. Anderson e Steve Russo. Belo Horizonte, Editora Betânia, 1ª ed., 2000.

McLean, Penny. Contatos com o Anjo da Guarda. Editora Pensamento, 10ª ed., São Paulo, 1997.

BÍBLIA Sagrada (Eletrônica, AT e NT). Europa Multimídia. Programação: Leandro Calçada, Ilustração: Wilson Roberto Jr. Colaboração: Thélos Associação Cultural.

Vide tópico 56 - Referências Bibliográficas