40 - Deusas
Analisemos o culto ao feminino.
Deusas
Além dos deuses, a veneração ao feminino em oposição aos deuses ou a Deus, remonta tempos antigos. A Bíblia cita o termo “deusa” cinco vezes, distribuídos em apenas três capítulos. Duas delas bem conhecidas: Astarote no Velho Testamento e Diana no Novo Testamento. Algumas versões falam de uma deusa “desconhecida”, que vivia “no meio de um jardim”, que bem pode ser Aserá, outra deusa.
“Salomão seguiu a Astarote, deusa dos sidônios... Assim fez Salomão o que era mau aos olhos do Senhor... Porque me deixaram, e se encurvaram a Astarote, deusa dos sidônios..." (I Reis 11.5,6,33).
“E, como se fosse pouco andar nos pecados de Jeroboão... ...também fez uma Aserá. De maneira que Acabe fez muito mais para provocar à ira o Senhor Deus de Israel do que todos os reis de Israel que o antecederam” (I Reis 16.31-33).
“Os que se santificam, e se purificam para entrar nos jardins após uma deusa que está no meio...” (Isaías 66.17).
“ ... Varões efésios, que homem há que não saiba que a cidade dos efésios é a guardadora do templo da grande deusa Diana...? ...estes homens que aqui trouxestes, nem são sacrílegos nem blasfemadores da nossa deusa” (Atos 19.35,37).
Astarote
Era a deusa da fertilidade e da guerra, adorada por povos bíblicos, considerada pelos pagãos a “mãe-do-mar”. Também era conhecida pelos nomes de Astarte e Astorete.
Certa vez Israel estava em grande apuro. Os filisteus entraram em guerra com os israelitas e nessa batalha foram feridos uns quatro mil homens de Israel. Voltaram da peleja abatidos e queriam saber por que o Senhor Deus permitiu que assim acontecesse. Tomaram novo ânimo e partiram para a batalha, desta feita foi maior o estrago, pois, entre mortos e feridos, trinta mil homens foram atingidos pelo exército dos filisteus.
Viu o profeta Samuel o grande lamento do povo e falou-lhes: “Se vocês querem com todo o coração voltar a Deus, o Senhor, joguem fora todos os deuses estrangeiros e as imagens da deusa Astarote e adorem somente a Ele. E ele livrará vocês do poder dos filisteus”. (I Samuel 4.1-10). Os israelitas, sem vacilar, obedeceram, buscaram a Deus e confessaram: “pecamos contra Deus, o Senhor”. Reconheceram-nos, segundo a Bíblia.
Os filisteus empreenderam nova perseguição, mas dessa vez o povo não confiou em si mesmo, nem em deuses, e pediu a Samuel que não parasse de orar a Deus rogando que o livrassem dos seus inimigos. O povo temia, Samuel oferecia sacrifício a Deus e os filisteus avançavam. Samuel clamou a Deus pelos israelitas e Deus lhe deu ouvidos.
Sabe o que fez Deus para dar vitória ao seu povo? Enviou uma grande trovoada, aterrorizou os filisteus de tal modo, que os israelitas os venceram com facilidade. Samuel ao presenciar a fantástica vitória falou: “Até aqui nos ajudou o Senhor” (I Samuel 7.3-12). Como a dizer, esse é o nosso Deus, não nos decepciona, trocar por outro, ou utilizar “outro”, para auxiliá-lo. Só Jesus pode cumprir o papel de mediador. Tão pouco Samuel afirmou que foram apenas os trovões que livrou o povo.
“... Pelo que o Senhor se indignou contra Salomão, pois desviara o seu coração do Senhor Deus de Israel, que duas vezes lhe aparecera. Salomão seguiu Astarote, deusa dos sidônios e a Milcom, abominação dos amonitas. Assim fez Salomão o que era mau perante o Senhor, e não perseverou em seguir ao Senhor, como Davi, seu pai. Porque Salomão me deixou e se encurvou a Astarote...” (I Reis 11.5,6,9,33).
Salomão, terceiro rei de Israel, amou muitas mulheres estrangeiras. Além da filha de Faraó, rei do Egito, ele casou com mulheres heteias e com mulheres dos países de Moabe, Amom, Edom e Sidom, mesmo ciente que o Senhor reprovava.
Deus havia ordenado aos israelitas que não casassem com mulheres estrangeiras, porque elas fariam com que os corações deles se voltassem para outros deuses.
Podemos ver nos versículos acima as expressões: o “Senhor se indignou”, “desviara seu coração” e “fez o que era mau”. Nesse outro versículo temos a consequência: “As mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses, e o seu coração não era perfeito para com o Senhor, seu Deus, como Davi seu pai” (I Reis 11.1-11). Aconteceu aquilo que Deus queria evitar, quando proibia a união com povos que não cultuavam a Jeová.
Rainha dos céus
No tempo do profeta Jeremias muitas mulheres de Judá adoravam a Astarote, com o nome de “Rainha dos Céus”, segundo a Bíblia de Estudo (Jeremias 44.17-19).
“... (disseram) Certamente cumpriremos os nossos votos que fizemos de queimarmos incenso à rainha do céu... E isto vos servirá de sinal, diz o Senhor, de que eu vos castigarei neste lugar, para que saibais que certamente subsistirão as minhas palavras contra vós para o mal...” (Jeremias 44.25, 29).
“Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não te ouvirei. Não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém? Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha para fazerem bolos à deusa chamada Rainha dos Céus, e oferecem libações a outros deuses para me provocar à ira. (Jeremias 7.16-18).
Alimento oferecido ao ídolo é possível constatar tal prática hoje em algumas festas, como rodas de são Gonçalo, com balinhas e doces oferecidos às crianças em homenagem aos santos, como por exemplo, Cosme e Damião. Observe que essas práticas foram copiadas da antiguidade, quando se devem copiar as práticas bíblicas, e não as que a mesma condena.
“Então responderam a Jeremias todos os homens que sabiam que suas mulheres queimavam incenso a outros deuses, e todas as mulheres que estavam presentes, uma grande multidão, a saber, todo o povo que habitava na terra do Egito, em Patros, dizendo:Quanto à palavra que nos anunciaste em nome do Senhor, não te obedeceremos a ti;mas certamente cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, de queimarmos incenso à rainha do céu, e de lhe oferecermos libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes, temos feito, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém...” (Jeremias 44.15-17).
Veja, no versículo acima, quanta desobediência. As pessoas que cometiam essa idolatria foram taxativas em afirmar: “não obedeceremos!” Mesmo considerando que o profeta falava em nome do Senhor. Um pecado consciente e voluntário. O Homem, que nada é, desafiando Deus.
“Este mal”. O povo fora desobediente, repreendido não quis obedecer a Deus, não se humilhou. Deus chega a perguntar:
“Por que fazei vós tão grande mal contra a vossa alma, a ponto de afetarem as mulheres e as crianças, com a consequência de vosso pecado? E decretou: “Eis que eu ponho o meu rosto contra vós...” (Jeremias 44.7,11).
Depois o ser humano se põe a indagar: “por que me veio esse mal?! Onde está Deus que não vê isso?!”
É deplorável a atitude daqueles que haviam conhecido o verdadeiro Deus, e o abandonaram, o deixaram um pouco de lado, e adoraram a mãe-pagã. Ainda assim era exatamente o que faziam, repetidamente (Juízes 10.6; 1 Samuel 7.3,4; 12.10; 1 Reis 11.5; 2 Reis 23.13). Um dos títulos pelos quais a deusa era conhecida entre eles era o de “rainha dos céus” (Jeremias 44.17-19). O profeta Jeremias repreendeu-os por adorarem, mas eles se rebelaram contra sua advertência.
Achando que poderia escapar, esse povo recriminado por Deus fugiu para o Egito, como se fosse possível esconder-se de Deus. Deus garantiu que o castigo os seguiria. Uma vez lá, era enorme o desejo de voltar à sua pátria, mas jamais voltariam, a não ser uns poucos que lá se arrependessem e se humilhassem diante de Deus e passassem isso para seus filhos.
Não estamos isentos de todos os males, porém, se estamos em obediência com Deus, a superação será bem mais fácil. Deus, não apenas se agrada de obedientes, Ele lhes faz promessas:
“O Senhor ama aos que odeiam o mal; ele preserva as almas dos seus santos, ele os livra das mãos dos ímpios” (Salmo 97.10).
“Pois assim diz o Senhor a respeito dos... ...que escolhem as coisas que me agradam, e abraçam o meu pacto: Dar-lhes-ei na minha casa e dentro dos meus muros um memorial e um nome... um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará” (Isaías 56,4,5).
Hoje, no pós-modernismo, as pessoas continuam idolatrando suas Rainhas. Elas estão em todos os seguimentos culturais: na música, na televisão, no meio artístico de um modo geral. Muitos têm ídolos em seus corações, inclusive representantes nos esportes.
Na TV brasileira o destaque vai para a apresentadora Xuxa Meneghel, dentre outras. É notável o assédio que essa artista sofre.
Quando de sua contratação pela Rede Record de Televisão, pudemos observar a idolatria que cerca essa artista. Um carro trazia a apresentadora para uma visita à emissora, que logo foi cercado. Pessoas adultas se comprimiam ao redor do mesmo, impedindo-o de prosseguir, enquanto adultos choravam, ao som de gritos: “minha rainha, minha rainha”! Xuxa parecia enlevada.
Nada contra a apresentadora em si, ela é linda e competente, não sou favorável a essa aura idolátrica em torno dela.
Aserá (Asera, Asherah)
Aserá é o nome de uma deusa Cananeia (de Canaã, dos cananeus), também é conhecida como mãe dos deuses, pois ela gerou setenta filhos, segundo a lenda, entre eles Baal.Chamada também de deusa do mar, Ashera-do-Mar, ou Senhora do Mar. Representada, às vezes, por uma estatueta, e também por uma árvore considerada sagrada, ou o seu tronco, pois a mesma poderia ser plantada (Deuteronômio 16.21).
Aserá é bastante descrita na Bíblia como Poste-ídolo, pois ela é esculpida em madeira, os chamados asherim, para ser colocado no altar dos templos ou em lugares altos. O termo “poste-ídolo” era usado também para distinguir os instrumentos usados em sua adoração, como as colunas de Aserá que indicam alguns destacáveis objetos usados no culto à deusa. Aserá também foi cultuada pela nação de Tiro e Sidônia, posteriormente se introduziu no reinado de Acabe através de Jezabel.
Essa deusa é mencionada em documentos extras bíblicos, era intimamente ligada a Baal, e juntos foram clamados no confronto entre Elias e os falsos profetas de Baal.
“Asherah” era adorada pelos povos que conviveram com o povo de Israel. Era considerada a grande mãe do mundo semítico, notemos que esse hábito de cultuar uma “mãe”, é bem antigo.
Havia também para essa deusa, imagens esculpidas (II Reis 21.7), vasos (II Reis 23.4), cortinas (II Reis 23.7), e profetas (I Reis 18.19). Considerada símbolo da fertilidade, era praticada a prostituição cultual, como um tipo de oferenda.
A influência dessa deusa, bem como Baal, foi tão extensa e tão séria que um rei, chamado Manassés,estabeleceu uma Aserá (uma estátua, um ídolo) dentro do próprio Templo de Deus.
Note que essas duas deusas têm sua adoração ligadas ao mar. Aqui no Brasil existe a Iemanjá, cópia do paganismo estrangeiro da antiguidade.
“E (o rei Manassés) fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme as abominações das nações que o Senhor desterrara de diante dos filhos de Israel. Porque tornou a edificar os altos que seu pai Ezequias tinha destruído, e levantou altares a Baal, e fez uma Aserá como a que fizera Acabe, rei de Israel... Também pôs a imagem esculpida de Aserá, que tinha feito, na casa de que o Senhor dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa (Igreja de deus) e em Jerusalém, que escolhi dentre todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre...” (e não as estátuas - II Reis 21.2-7).
Manassés deu-se ao paganismo com todas as suas forças. Abraçou a magia negra do Oriente, expressamente proibida pela lei de Moisés (“Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha...” Dt 18.10). “Passar pelo fogo”, tanto pode ser sacrifício humano como, provavelmente, um ritual envolvendo o fogo.
Enquanto o rei Manassés introduziu a deusa Aserá, o rei Josias eliminou-a de dentro da casa do Senhor. A empreitada desse rei foi mais um levante de Reforma, induzido por Deus na tentativa de trazer o povo de volta à sua vontade, ao Monoteísmo.
As reformas religiosas do rei Josias seguiam os princípios bíblicos, e foi graças à obediência dele, a sua atitude que tal culto foi abandonado, pelo menos por um longo tempo.
“Então o rei (Josias) deu ordem, e todos os anciãos de Judá e de Jerusalém se ajuntaram a ele. Subiu o rei à casa do Senhor, e com ele todos os homens de Judá, todos os habitantes de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas, e todo o povo, desde o menor até o maior; e leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do pacto...
Então o rei, pondo-se em pé junto à coluna (do Templo), fez um pacto perante o Senhor, de andar com o Senhor, e guardar os seus mandamentos, os seus testemunhos e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma, confirmando as palavras deste pacto, que estavam escritas naquele livro (os pergaminhos bíblicos da época); e todo o povo esteve por este pacto.
Também o rei mandou ao sumo sacerdote Hilquias, e aos sacerdotes da segunda ordem, e aos guardas da entrada, que tirassem do templo do Senhor todos os vasos que tinham sido feitos para Baal, e para a Aserá, e para todo o exército do céu; e os queimou fora de Jerusalém...
Destituiu os sacerdotes idólatras que os reis de Judá haviam constituído para queimarem incenso sobre os altos nas cidades de Judá, e ao redor de Jerusalém, como também os que queimavam incenso a Baal, ao sol, à lua, aos planetas (culto à natureza), e a todo o exército do céu. Tirou da casa do Senhor a Aserá e, levando-a para fora de Jerusalém até o ribeiro de Cedrom, ali a queimou e a reduziu a pó...
Derrubou as casas dos sodomitas (homossexuais ou pessoas com prática sexual indevida) que estavam na casa do Senhor, em que as mulheres teciam cortinas para a Aserá. Tirou das cidades de Judá todos os sacerdotes, e profanou os altos em que os sacerdotes queimavam incenso...
Profanou a (estátua de) Tofete, que está no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém fosse passar seu filho ou sua filha pelo fogo a (estátua de) Moloque. Tirou os cavalos que os reis de Judá tinham consagrado ao sol, à entrada da casa do Senhor... ...e os carros do sol queimou a fogo. Também o rei derrubou os altares que estavam sobre o terraço do cenáculo de Acaz, os quais os reis de Judá tinham feito, como também os altares que Manassés fizera nos dois átrios da casa do Senhor; e, tendo-os esmigalhado, os tirou dali e lançou o pó deles no ribeiro de Cedrom.
O rei profanou também os altos que estavam ao oriente de Jerusalém, à direita do Monte de Corrupção, os quais Salomão, rei de Israel, edificara a Astarote, abominação dos sidônios, a (estátua de) Quemós, abominação dos moabitas, e a (estátua de) Milcom, abominação dos filhos de Amom.
Semelhantemente quebrou as colunas (do ídolo), e cortou os aserins... Igualmente o altar que estava em Betel, e o alto feito por Jeroboão, filho de Nebate, que fizera Israel pecar, esse altar e o alto ele os derrubou; queimando o alto, reduziu-o a pó, e queimou a Aserá (provavelmente de madeira).
Josias tirou também todas as casas dos altos que havia nas cidades de Samaria, e que os reis de Israel tinham feito para provocarem o Senhor à ira... Além disso, os adivinhos, os feiticeiros, os terafins, os ídolos e todas as abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém, Josias os extirpou, para confirmar as palavras da lei, que estavam escritas no livro que o sacerdote Hilquias achara na casa do Senhor.
Ora, antes dele não houverei que lhe fosse semelhante, que se convertesse ao Senhor de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todas as suas forças, conforme toda a lei de Moisés (a Palavra de Deus); e depois dele nunca se levantou outro semelhante" (II Reis 23.1-26).
É visível nesse texto a grande “limpeza” empreendida pelo rei Josias. Tão maravilhosa que seus feitos constam em detalhes, e a Bíblia registra que depois desse rei nunca apareceu outro igual. Inclusive, essa Reforma fora profetizada e cumprida tal qual a predição do servo de Deus. Josias era rei, do reino do sul, que em 633 antes de Cristo, seguindo as iniciativas do seu predecessor, Ezequias, fez uma reforma do culto: destruiu todos os santuários locais, com seus elementos, e centralizou o culto na cidade de Jerusalém, transformando o Templo de Deus em verdadeiro santuário.
Diana
Deusa romana. Representava a lua, os campos e os bosques. Daí os wiccanos gostarem tanto dela. Correspondia (ou corresponde) à deusa Artemísia, dos gregos. O centro principal de sua adoração estava em Éfeso, pelo que era chamada ‘Diana de Éfeso’. Éfeso era a capital da província romana da Ásia, famosa pelo templo de Diana dedicado a ela naquela cidade, considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo. Não somente em Éfeso, mas em toda a Ásia e em todo o mundo a deusa era adorada (Atos 19.27).
À semelhança do deus Apolo, ela era representada armada de arco e flechas, usados com a finalidade de subjugar monstros e gigantes. Era considerada uma divindade benéfica e ajudadora. Seu domínio era a natureza.
O paganismo retrata deuses e deusas sob muitos aspectos, pelo que ela também aparecia como a “deusa virgem”, reverenciada pelas donzelas como sua protetora.
O apóstolo Paulo, após viajar pelo interior da província da Ásia, foi a Éfeso. Ele chegou em um momento que a pregação dos servos de Deus causava certa desordem, dada a não aceitação, e a chegada dele só aumentou mais ainda as discórdias dos opositores.
Um ourives, chamado Demétrio, fazia pequenos modelos de prata do templo da deusa Diana, seu negócio dava lucro. Preocupado, ele chamou os colegas de profissão e disse-lhes: “Vocês sabem que a nossa riqueza vem dessa profissão e vocês mesmos ouviram e viram o que esse tal de Paulo está fazendo. Ele afirma que os deuses feitos por mãos humanas não são deuses de verdade, e está conseguindo convencer muita gente. Existe o perigo de o templo da grande deusa Diana não ficar valendo mais nada, e também de ser destruída a grandeza dessa deusa, adorada por todos na Ásia e no mundo inteiro”. A multidão, ao ouvir isso, ficou furiosa e começou a gritar: “Grande é a Diana dos efésios!”
Todo o povo se ajuntou em um teatro, Paulo quis ir lá, mas foi contrariamente persuadido (Atos 19.23-41).
“Havendo o escrivão conseguido apaziguar a turba, disse: Varões efésios, que homem há que não saiba que a cidade dos efésios é a guardadora do templo da grande deusa Diana...? Ora, visto que estas coisas não podem ser contestadas, convém que vos aquieteis e nada façais precipitadamente” (Atos 19.35,36).
Maria
Mãe do Filho de Deus, mãe de Deus ou deusa-mãe?
A história da mãe e de seu filho foi largamente conhecida na antiga Babilônia e desenvolveu-se até ser uma adoração estabelecida. Numerosos monumentos da Babilônia mostram a deusa-mãe Semíramis com seu filho Tamuz nos braços, inclusive a Bíblia cita o nome desse ídolo, que foi colocado na Casa do Senhor.
“Depois (Deus) me levou à entrada da porta da casa do Senhor, que olha para o norte; e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz. Então me disse: Viste, filho do homem? Verás ainda maiores abominações do que estas” (Ezequiel 8.14,15).
Quando o povo de Babilônia foi espalhado para as várias partes da terra, levaram consigo a reverência à mãe divina e seu filho. Isto explica porque muitas nações adoravam uma mãe e um filho.
Nos vários países onde este culto se espalhou, a mãe e o filho foram chamados por diferentes nomes. Os chineses tinham uma deusa-mãe chamada Shingmoo ou “Santa Mãe”. Ela é representada com um filho nos braços e raios ao redor da cabeça.
Os antigos germanos adoravam a virgem Hertha com o filho nos braços. Os escandinavos chamavam-na de Disa, que também era representada com um filho. Os etruscos chamavam-na de Nutria, e entre os druidas a Virgo-Patitura.
Na Índia, era conhecida como Indrani, que também era representada com o filho nos braços. A deusa-mãe era conhecida como Afrodite ou Ceres pelos gregos; Nana, pelos sumérios, e como Vênus ou Fortuna, pelos seus devotos nos velhos dias de Roma, com seu filho Júpiter, todas eram adoradas como a “Mãe de deus”.
Por várias Eras, a “Grande Deusa” e seu filho Iswara, têm sido adorados na Índia, onde templos foram erigidos para sua adoração.
Na Ásia, a “Mãe” era conhecida como Cibele e o filho como Deoius. Também era conhecida como a esposa de Baal.
“Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Isaías 7.14).
“Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco” (Mateus 1.22,23).
Após esta falsa adoração ter se espalhado da Babilônia para as diversas nações, finalmente estabeleceu-se em Roma e em todo o Império Romano. A adoração da “Grande Mãe” foi muito popular sob o Império Romano. Inscrições descobertas por meio de pesquisas provam que os dois (mãe e filho) recebiam honras divinas não somente na Itália e especial em Roma, mas também nas proximidades, incluindo África, Espanha, Portugal, França, Alemanha e Bulgária.
No ano 431, instituiu-se o culto a Maria; a partir do Concílio Geral de Éfeso, cidade da grande Diana dos Efésios, divindade feminina pagã, portanto, a partir desse “modelo”, e de outros, foi adotado o culto à mãe de Jesus.
Quanto a isso a Enciclopédia Barsa salienta, e nós evangélicos já sabíamos, “não consta que Maria tenha sido objeto de culto específico na igreja primitiva, por parte dos primeiros cristãos”, donde se conclui que esse culto fora copiado do modelo pagão que tinha adoração ao feminino.
Nesse Concílio, presidido por Cirilo, bispo de Alexandria, vários condenaram as opiniões de Nestório, bispo católico de Constantinopla, que negava à virgem Maria a denominação de “Mãe de Deus” e atribuía-lhe somente o título de “Mãe de Cristo”, como registra a Bíblia. Portanto, a interpretação de se cultuar a Mãe de Jesus foi criada anos depois e não é nada original, muito menos bíblica. Para os cristãos evangélicos o mais importante é o que a Bíblia declara. Embora muitos se embasem no fato de que Jesus é Deus. Mas os dois são distintos em si, e não justifica o que a Bíblia não relata.
Com a “legalização” do cristianismo, pelo imperador Constantino, crenças totalmente não bíblicas ganharam nova identidade, principalmente ligadas ao panteão romano. Exemplo: No paganismo havia o culto a Ísis, figura feminina, deusa-mãe do Egito. O cristianismo “misturado”, híbrido, absorveu essa prática, bem como outras, e a levou, através do culto à Maria. Muitos dos títulos que eram usados para Ísis como “Rainha dos Céus” e “Mãe de deus”, (“theotokos”, a que carregou Deus), foram atribuídos à Maria, mãe de Jesus.
Uma única vez Maria fora procurada pelos serviçais de uma festa, segundo a Bíblia, em Caná da Galileia (João 02), para resolver uma situação difícil, não a resolveu, não solucionou o problema, não fez o milagre. Alguns acham que ela foi mediadora, intercessora. Mas não. Ela levou o problema a Jesus: “Acabou-se o vinho”. Ela nem percebeu o problema, os empregados é que falaram com ela. Há controvérsia quanto a resposta de Jesus, para alguns parece uma resposta rude: “Mulher, que tenho eu contigo?” Mas, possivelmente Jesus estava falando como Deus, como onisciente de tudo à sua volta não como o filho humano dela. Talvez ele quisesse dizer: “Eu Sou o Filho de Deus. Quando saí de casa eu já sabia o que aconteceria aqui, o milagre que vou realizar, não preciso ser importunado”. Diante disso ela nos deixou um mandamento: “... fazei tudo quanto Ele (Jesus) vos disser”. João 2.5. Então, vamos obedecer a frase proferida por Maria.
Outros alegam que houve suavidade na expressão, dependendo muito de como se fala. Na verdade, tudo que dissermos são cogitações, que sabemos nós?
A Bíblia não relata nem um movimento de seguidores de Maria, nem mesmo depois da morte de Jesus. Ao contrário, vemos Maria reunida com os demais seguidores, buscando a Deus: “Todos estes perseveravam unânimes em oração e súplicas, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e os irmãos de Jesus”. (Atos 1.14).
Alguém pode se ressentir e pensar: “Maria é a mãe de Cristo! Que mal há nesse nosso bem-querer?!” Maria merece todo nosso respeito, consideração e apreço, da mesma forma os santos apóstolos. O fato é que toda essa “afetuosidade” pende para o endeusamento, que a Bíblia condena, seja a respeito de quem for, e tudo o que lhe é atribuído não está de acordo com a Palavra do Senhor.
Muitos acham que nós evangélicos falamos “mal” de Maria, que insultamos a mãe de Jesus. Isso não é verdade. Jamais, os que conhecem bem a Bíblia, fariam uma coisa dessas. Deus escolheu Maria para ser a mãe do Salvador, por que ela tinha um excelente testemunho. Era, sem dúvida, uma jovem recatada, de comportamento exemplar e muito temente a Deus. Como poderíamos insultá-la?! Assim como tem pessoas sem sabedoria entre os católicos, existe na mesma proporção entre os evangélicos. Provavelmente alguns tenham usado as palavras de forma errônea, porém, alguns esperam que demos a Maria a mesma divindade que eles proporcionam-lhe. Isso jamais o faremos.
O que aprendemos com a Bíblia em relação à Maria, mãe de Jesus? Recapitulando.
- Que Maria era uma pessoa especial no sentido de ter um bom testemunho, um coração que agradava a Deus. A única escolhida para ser a mãe do Filho de Deus;
- Maria foi a realização de uma profecia, a comprovação de um sinal
“Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho...” (Isaías 7.14).
- Maria era serva, não “Senhora”, no sentido espiritual. Foi chamada e aceitou, submeteu-se, colocou-se à disposição;
“Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas 1.38).
- Nem pensou no quanto isso lhe custaria;
“E Simeão os abençoou, e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este é posto para queda e para levantamento de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição, sim, e uma espada traspassará a tua própria alma, para que se manifestem os pensamentos de muitos corações” (Lucas 2.34,35).
Simeão, indiretamente, alerta Maria a respeito do quanto ela iria sofrer por causa do padecimento desse seu filho.
Maria era sábia e discreta. Sabia guardar segredo. Não ficou deslumbrada. Já pensou se ela saísse por lá contando tudo o que se passou? Ela seria apedrejada.
“Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração” (Lucas 2.19).
- Ela foi agraciada com grande privilégio (Ela não é “cheia da graça”; ela recebeu “a Graça”. Diferente de Jesus, que nos dá a graça porque é cheio de graça);
“E, entrando o anjo onde ela estava disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo” (Lucas 1.28).
Vejamos:
- Quem sempre foi exaltado? Jesus;
- Quem fazia milagres? Jesus e os Apóstolos;
- Quem fez o grande milagre crucial? Jesus;
- Quem a multidão seguia? Jesus;
- Quem salva? Jesus;
- Houve alguma intervenção por parte de Maria, para a solução de algum problema? Houve, apenas uma, por ocasião das bodas de Caná (João capítulo 02);
- Essa intercessão surtiu efeito? A intercessão em si, não. Pois a frase dela significava dizer que tudo estava ao encargo de seu filho. Nesse exemplo ficou claro que Maria não tem papel como mediadora ou intercessora;
- Maria obedecia a Palavra de Deus:
“...cumpra-se em mim segundo a tua palavra (Lucas 1.38).
- O que Maria falou que nos serve de ensino?
“Façam tudo o que Jesus disser” (João 2.5).
Vez em quando, mudando de canal, ouço algum padre exaltar: “Oh, Maria, concebida sem pecado”. Isso não é verdadeiro. Só houve um “concebido sem pecado”: Jesus Cristo. Não se deve atribuir isso a ninguém mais!
“Eis que eu nasci em iniquidade, e em pecado me concedeu minha mãe” (Salmo 51.5).
Disse o salmista referindo-se a ele próprio. Todo ser humano nasce sob esse pecado original, um "vermezinho" herdado como consequência da transgressão de Adão. Só a aceitação do sacrifício de Cristo na cruz pode nos redimir.
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus...” (Romanos 3.23).
“... há muito tempo temos estado em pecados; acaso seremos salvos?” (Isaías 64.5).
Seremos salvos, sim! Para isso Jesus veio: para carregar sobre si não só esse pecado original, como qualquer tipo de transgressão espiritual, se houver arrependimento, por meio de Cristo chegaremos a Deus. Mas só haverá salvação se crermos nesse ato de Cristo e vivermos sob suas regras.
“Mas, como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse-lhes: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra” (João 8.7).
“Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou os céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado (Jesus), mas sem pecado” (Hebreus 4.14,15).
“Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus” (I João 3.9).
A mãe de Jesus, como qualquer outro, experimentou a transformação citada no versículo acima. Ela também passou por esse Novo Nascimento, por meio da semente santa de Deus (A Palavra Regeneradora, a vontade de Deus) plantada nela, e em todos nós que O aceitamos, embora continuemos sujeitos a pecar. Nossa luta espiritual maior é evitar que pequemos “habitualmente”.
A Sagrada Família
A tríade pagã formada por um deus, uma deusa e seu filho podem ser vista nas mais diversas religiões. Íris, Osíris e Horus (no Egito), Brahma, Vishnu e Shiva (na índia). Muda-se apenas o local de adoração e idolatria, mas a forma é a mesma.
No catolicismo é venerada as figuras de José, Maria e Jesus, como a “Sagrada Família”. A Bíblia não os destaca dessa forma. Toda família é sagrada para Deus, pois é seu grande projeto. O destaque vai somente para Jesus, todavia, enquanto família é um grande exemplo os três, mas não para ser venerados.
Aparecida, Padroeira do Brasil
O nome dessa imagem é citado por Paulo Coelho. Para mim, tudo não passa de um engodo, aparentemente, pois o que ele planeja é limpar sua figura da marca que, por um tempo, o satanismo lhe deixou. Daí a construção bem premeditada de As Valkírias, suponho.
Creio que, também, um dos objetivos desse livro é exatamente mostrar ao público cristão-católico, que é um público maior, um autor que escapou, por vontade própria, do satanismo. Começando por assumir essa profanação em sua vida “dos tempos” de Raul Seixas, admitindo ter feito pacto com o Mal, demonstrar suposta “revolta com as trevas”... Motivo pelo qual, segundo ele, fez um pacto com Deus: para ganhar sua paz ele renunciaria às forças das Trevas. Mas ele esquece ou se faz de desentendido ou nem considera, que o poder satânico é um caule que tem várias ramificações, como por exemplo, a magia. E ele admite: “Tinha praticado magia por seis anos. Feito todos os rituais”, (p. 126).
Para amenizar ainda mais essa imagem de devoto ele cita a Bíblia, se agarra a ela, quebra o pacto com o Mal, por último demonstra apego a um ídolo, que não por acaso é a padroeira de seu país, e seis anos depois de escrever esse livro, ele tem um encontro com o Papa João Paulo II. Inclusive, em determinada parte de sua narrativa ele nos diz o seguinte: “Os amigos comuns diziam que Paulo era um bruxo, e certa noite Chris telefonou para o pastor da igreja protestante que frequentava pedindo que rezasse por ela.” (p. 28).
Em outra passagem ele pega uma Bíblia e a coloca na mochila de viagem. Pronto! Completou-se o quadro do bom moço temente a Deus. E não será difícil de ser acatado, uma vez que muitos católicos se inclinam para o esoterismo, e para alguma vertente “light” do espiritismo, sem consciência de que Deus, por meio da Palavra, reprova. Só não conseguirá iludir os evangélicos convictos.
Uma coisa é frequentar uma igreja evangélica; outra coisa é ser convertido. Se ele tivesse conhecimento disso, jamais usaria o termo “rezar”, quando este se refere aos evangélicos, pois o nosso termo usual, e bíblico, é orar. Orar, do latim orare, suplicar, falar com súplicas. Falar com Deus por meio de suas próprias palavras, expor o que está dentro do coração, da alma. Rezar, do latim recitare, o mesmo que recitar, ou seja, ler em voz alta, repetir algo decorado. Por meio da “reza” a pessoa mais recita do que suplica. Por isso rejeito essas orações “prontas”, com as quais nos deparamos no Facebook: “oração do dia”. A sua oração é sua! Tem que ser pessoal, brotar do coração, de forma que relate o que estamos sentindo no momento, e deve conter, acima de tudo, exaltação a Deus, gratidão e pedido de perdão. Temos tanto a confessar...
“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois a eles...” (Mateus 6.7,8).
“Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei e tu me glorificarás” (Salmo 50.15).
“De tarde, de manhã e ao meio dia orarei, clamarei e Ele ouvirá a minha voz” (Salmo 55.7).
Só uma vez Jesus falou dessas “vãs repetições”, e foi como se declarasse que a pessoa poderá, até, repetir páginas inteiras de rezas, elas não serão ouvidas. De onde vem a resposta? De outra dimensão, como já foi referido, que fará de tudo para que a pessoa continue acreditando, nesse suposto “poder de Deus”, com isso não dará crédito à Bíblia, continuará em sua cegueira espiritual, motivo pelo qual não haverá libertação.
A oração evangélica também pode tornar-se um recitare, uma reza. Às vezes cansada, a pessoa, ao deitar, apenas repete: “Senhor, obrigado por mais um dia. Dá-me uma noite de paz, perdoa a multidão de meus pecados. Amém!” Algo, assim, repetitivo, que não sai do coração. Multidão de pecados?! Pecados têm nomes, é preciso confessar, tratar desse assunto em detalhes. Em certos momentos nos sentimos sem assunto diante de Deus, tamanho nossa fraqueza espiritual, mas temos tanto o que lhe falar: sobre nossos familiares, os internados nos hospitais, os presos, as nações em guerra, os refugiados, as crianças que padecem, a fome que assola, a maldade humana... etc., etc....
Muitas vezes, também, nos deparamos com ensinos do tipo: “Se você não quiser usar a palavra ‘Deus’, pode usar outras palavras, como Universo, Força Superior, Mãe-Natureza”. Além de menosprezarem a Palavra, menosprezam também a Deus, isso não combina com quem se diz cristão verdadeiro, se é que encontraremos cristãos com essa duplicidade, mesmo que seu conhecimento seja mínimo. E desde quando Deus é Universo? Isso é panteísmo. Deus fez o Universo, é diferente. A classificação justa, nesse caso é Criador. “Força Superior?” Satanás é, também, uma força superior ao homem sem Cristo. Mãe Natureza?! Olha a presença de mais uma “deusa” aí. A natureza não se auto criou sozinha, segundo nossa fé.
O homem vive em uma eterna busca. Procura explicações demais, nisso se afasta da revelação bíblica e cai nos emaranhados filosóficos, como disse Carlos A. Trezza (“A Reconquista do Homem”): “... o resultado é uma humanidade desorientada, sem norte, sem rumo, ansiosa por encontrar dentro da espessa floresta uma clareira que se abra para a luz”.
Na verdade, o que certos autores, dentro de uma dita espiritualidade esperam com suas publicações, é difundir suas crenças, sua religião, seitas ou visões, e, claro, todos têm liberdade para isso, como eu o faço agora. O problema é que essa liberdade extrapola o conhecimento bíblico, muitos colocam esse conhecimento à margem da Bíblia ou nem creem nela.
O anjo é um ótimo canal de acesso para ir-se além, uma vez que o Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, Espiritismo e outros segmentos religiosos, como já foram mencionados, creem na existência dele.
É importante a pessoa fazer sua escolha, caso leve em conta a Palavra de Deus, ou opta por Deus ou pela Mãe-Natureza ou qualquer outra ‘divindade’. Para isso Deus nos deu o livre arbítrio, reforço; mas Deus, em seu infinito amor, está sempre em busca da alma que fez a opção errada.
“... Veio, pois, um dos sacerdotes que haviam trazido de Samaria e habitou em Betel, e lhes ensinava como deviam temer o Senhor. Ora, o Senhor tinha feito aliança com eles e lhes ordenara, dizendo: Não temereis a outros deuses, nem vos prostrareis diante deles, nem os servireis, nem lhes oferecereis sacrifícios [...]. Porém eles não deram ouvidos a isso [...]”. (II Reis 17.28,35).
“Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar. Ah, se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos! Então seria a tua paz como um rio... ...o seu nome nunca seria cortado nem destruído de diante de mim”. (Isaías 48.17-19).
BÍBLIA de Estudo Pentecostal – AT e NT. Referências e Algumas Variantes. Trad. João F. de Almeida. São Paulo, CPAD/SBB, 1995 (ISBN 85-263-0048-2-BEP).
BÍBLIA Sagrada (Eletrônica, AT e NT). Europa Multimídia. Programação: Leandro Calçada, Ilustração: Wilson Roberto Jr. Colaboração: Thélos Associação Cultural.
Vide tópico 56 - Referências Bibliográficas