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41 - Os Santos Evangélicos
41 - Os Santos Evangélicos

41 - Os Santos Evangélicos

Não é necessário retroceder bastante nos séculos para a história nos informar que muitos de nossos contemporâneos, tanto evangélicos, como inclusive alguns padres, morreram por causa do amor de Deus. Essa santidade não faz deles um “deus”, no sentido prático da palavra, nem está restrita a padres, freiras e pastores, como se essa exigência se desse só a esses; e aos demais fiéis nada lhes fosse cobrado. Ledo engano. O que os tornam “especiais”, é que a dedicação deles se destaca dentre muitos, mas uma vez salvos, todos vão para o mesmo céu, porém, os mais dedicados terão recompensa maior por meio de galardão celestial (premiação). A Bíblia assim ensina.

O meio evangélico conhece bem a história de mártires, que foram perseguidos, torturados e mortos, ao longo dos tempos, inclusive pela Igreja católica durante a “Santa Inquisição”, pelo sistema russo comunista, por exemplo, e atualmente pelo sistema islâmico, a Inquisição dos tempos Pós Modernos se dá por meio de alguns radicais.

Em 2013, tomamos conhecimento pela imprensa de que o pastor iraniano Youcef Nadarkhani fora preso e sentenciado à morte por enforcamento, uma vez que é considerada apostasia o abandono da religião islâmica. Ele tinha pouco mais de trinta anos quando foi detido e tem dois filhos. Sua esposa também esteve presa. Houve forte empenho para absolvê-lo por meio de pressão internacional. Youcef foi liberto, preso novamente, e outra vez liberto.

Em junho de 2009, Asia Noreen Bibi, uma cristã evangélica muito pobre, moradora de área rural na região central do Paquistão, fora presa sob a acusação de blasfêmia, supostamente, por insultar a fé islâmica. Uma mulher de quarenta e seis anos, mãe de cinco filhos.

Asia conta em seu livro Blasphemy (Blasfêmia), e conforme narra a reportagem da Revista Show da Fé, do ministério evangélico do Missionário R. R. Soares, ela estava colhendo frutas, em um momento de sol forte, quando sentiu sede e pegou água de um poço próximo com o copo que se achava ali. Seu gesto causou ira nas demais mulheres, que a acusou de tornar impuro o utensílio, uma vez que houve o contato com os lábios de uma cristã.

Levada à delegacia, foi denunciada com base no Código Penal do Paquistão, que determina a pena de morte a quem professa outra religião. O juiz que a condenou ofereceu-lhe liberdade em troca de seu arrependimento e volta ao Islã. Todavia, ela respondeu que preferia morrer: “Se o juiz me condenou à morte por amar a Deus, estarei orgulhosa de sacrificar minha vida por Ele”.

Dois homens do alto escalão do governo, um governador de Estado e outro Ministro de Assunto das Minorias, este cristão, manifestaram-se a favor de Asia, esse gesto lhes causou a morte: foram assassinados.

Em 2019, depois de nove anos de prisão Asia foi solta e pode reencontrar o marido e filhos no Canadá.

Há um documentário no youtube que conta a história do martírio do pastor Haik Hovsepian, ocorrido no país Irã. Esse país é conhecido no Velho Testamento como sendo a antiga Pérsia.

Em 1993 um juiz iraniano condenou à morte, pelo “crime” de conversão ao cristianismo, um ex-muçulmano chamado Mehdi Dibaj. Ele havia cumprido dez anos de seu castigo quando uma cópia da ordem de sua execução vazou e chegou às mãos do pastor Haik, superintendente da igreja Assembleia de Deus e, anos mais tarde, representante de todas as igrejas evangélicas no Irã.

Haik, arriscando a própria vida, resolveu tornar a ordem de execução pública e lançou uma intensa campanha para a revogação da sentença, que foi bem sucedida. Dibaj foi solto. Haik lutou pelos direitos humanos, era contra a violência e em todo o tempo defendeu os inocentes, mas o preço seria alto.

Haik Hovsepian se converteu ao cristianismo por volta dos treze anos de idade. Seu testemunho mudou a vida de amigos e familiares. Ele casou-se, teve filhos e tornou-se um respeitado líder. Anos depois ele entendeu que Deus estava chamando-o para pregar o evangelho e se estabeleceu na cidade de Gorgan, região de islamismo radical, onde não havia cristãos.

Poucos dias após a absolvição de Dibaj, em 1994, o pastor Haik desapareceu. A família e amigos buscaram informações junto ao governo, que negava saber alguma coisa, e por meio de variados sistemas, mas sem nenhum resultado.

Onze dias depois a família foi chamada ao necrotério, para identificá-lo, por meio de fotografia, entre as fotos de algumas pessoas mortas. O pastor Haik foi reconhecido por um de seus filhos e ele ficou sabendo que seu pai fora enterrado seis dias após a morte, como indigente.

Todos se reuniram para desenterrar o pastor, e enterrá-lo novamente em um cemitério cristão, as fotos demonstraram que seu corpo não estava tão deteriorado. Quando viram o corpo compreenderam a brutalidade de seu assassinato. Havia muitos hematomas e vinte e seis perfurações de facadas, principalmente em seu coração.

Seu irmão, durante o funeral disse: “Posso dizer que o pastor Haik deu seu coração duas vezes a Jesus Cristo. Quando lemos na Bíblia a história dos heróis da fé (Hebreus 11), há uma expressão que diz: “Homens dos quais o mundo não era digno”. Eu afirmo: definitivamente o mundo não era digno de meu irmão Haik”.

O mundo cristão, que tomou conhecimento, se abalou e muito chorou naquela semana. Durante o funeral Mehdi Dibaj falou: “Se há uma pessoa no Irã, que sabe que Haik morreu em seu lugar, essa pessoa certamente sou eu”, e aos prantos completou, “eu também estou pronto para morrer por Cristo”.

O Documentário, junto com parte de uma filmagem antiga, retrata Haikem um momento falando à igreja e na pregação ele diz: “Aos olhos de Deus, os dois mundos (o terreno e o celestial) são próximos, é como levar você até a sala ao lado. Assim, os santos que acreditam nisso percebem que não há nada demais em se enfrentar a morte”.

O pastor Haik não só entregou seu coração a Cristo, como o deu por seu semelhante.

Todos esses, também santos, separados do pecado a serviço de Jesus, todos eles, em algum momento, oraram por alguém, ou um familiar, como é praxe em nosso meio evangélico, e viram o agir de Deus, operando o milagre. Jamais esses milagres são atribuídos à pessoa que orou e sim a Jesus, porque sempre pedimos em nome dEle e damos-lhe a glória.

Às vezes admiramos uma pessoa por sua tamanha fé e temos sempre o cuidado para que essa admiração não seja uma deferência exagerada, idolátrica.

Os maiores exemplos estão na Bíblia por meio dos santos apóstolos e discípulos. Estevão foi apedrejado até a morte, Tiago morreu por meio de uma espada, uns foram serrados ao meio (Hebreus 11.37), outros foram degolados (Apocalipse 20.4).

O que nós evangélico faremos? Vamos examinar a vida pregressa dos que já morreram e elevá-los à condição de “santos intercessores” por nós, enquanto estamos aqui na terra? Jamais! Teriam eles condições de interceder por nós onde estão? A minha Bíblia corrobora para a compreensão de que, mesmo estando no céu, ninguém poderá interceder, depois de morto, por alguém aqui na terra; a não ser Jesus, que venceu a morte.

Vejamos algumas colocações bíblicas a respeito dos SANTOS:

“Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Levítico 14.2).

“Sereis santos”. Qualquer pessoa deverá ser separada daquilo que é pecado.“... (Eu) Deus, sou Santo”. Deus não se mistura com o pecado, mas está sempre a busca do pecador para convertê-lo, para fazê-lo mudar. Onde se lê o termo “santo”, volte relendo e o substitua por “separados do mundanismo”.

“... Pois havendo recebido autoridade dos principais dos sacerdotes, não somente encerrei muitos dos santos em prisões, como também dei o meu voto contra eles quando os matavam” (Atos 26.10).

“... sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo; a todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados para serdes santos...” (Romanos. 1.6,7).

“E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito: Que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos” (Romanos. 8.27 - Os santos necessitam da intercessão do Espírito Santo).

“...Acudi aos santos nas suas necessidades, exercei a hospitalidade...” (Romanos 12.13).

“Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos (aos membros da igreja). Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia levantar uma oferta fraternal para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Romanos 15.25,26).

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo; como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos (separados do mundanismo, daquilo que contamina nosso espírito) e irrepreensíveis diante dele em amor...” (Efésios 1.3,4).

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade... Suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição” (Colossenses 3.12,13).

“Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou sede vós também santos em todo o vosso procedimento; porquanto está escrito: Sereis santos, porque eu sou santo” (I Pedro 1.14).

“... eu sou o Senhor, que vos santifica” (Levítico 19.3).

Todos os seguidores de Cristo, fiéis, sinceros, são chamados, no Novo Testamento, de santos, esse termo não se restringe apenas a um limitado grupo de pessoas. Mesmo assim, não significa que o tal seja perfeito.

Não apenas determinados membros, ou sacerdotes, mas toda a igreja deve ser santificada em Cristo, ou seja, viver diferentemente do que dita o mundanismo.

“Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus:... Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo; como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor...” (Efésios 1.1-4).

Sede, pois imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. Mas a prostituição, e toda sorte de impureza ou cobiça, nem sequer se nomeie entre vós, como convém a santos, nem baixeza, nem conversa tola, nem gracejos indecentes, coisas essas que não convêm; mas antes ações de graças. Porque bem sabeis isto: Que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus” (Efésios 5.1-5).

Saudai a cada um dos santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam. Todos os santos vos saúdam, especialmente os que são da casa de César” (Filipenses 4.21,22).

Pelo que, santos irmãos, participantes da vocação celestial, considerai o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus...” (Hebreus 3.1).

- A igreja é santificada por meio da Palavra que atua limpando

“... Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de santificá-la, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela Palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Efésios 5.25-27).

- Todos os seguidores de Cristo eram, e são chamados para serem santos, para serem separados dos atos pecaminosos

“... escrevo à igreja de Deus que está em Corinto (hoje, em qualquer lugar que a igreja esteja), aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos (separados), com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (I Coríntios 1.2).

“... sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo; a todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados para serdes santos...” (Romanos 1.6,7).

- O apóstolo Paulo reconhece os membros da igreja de Cristo como santos

“Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia” (II Coríntios 1.1).

“...Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos...” (I Coríntios 14.33)

“Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes (agora que receberam a Jesus) sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina...” (Efésios 2.19,20).

- Antes de sua conversão Paulo é acusado de perseguir os membros da igreja, quando era do judaísmo, os quais são identificados como “santos”

“Respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca desse homem (Paulo de Tarso), quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém...” (Atos 9.14).

- O apóstolo admite que os perseguia

“Eu, na verdade, cuidara que devia praticar muitas coisas contra o nome de Jesus, o nazareno; o que, com efeito, fiz em Jerusalém. Pois havendo recebido autoridade dos principais dos sacerdotes, não somente encerrei muitos dos santos em prisões, como também dei o meu voto contra eles quando os matavam” (Atos 26.10).

“... Pois já ouvistes qual foi outrora o meu procedimento no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava...” (Gálatas 1.13).

- O apóstolo Pedro fala à igreja e exorta os membros à santidade

“Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências (praticas pecaminosas) que antes tínheis na vossa ignorância (quando não conheciam Jesus, quando não eram convertidos); mas, como é santo aquele que vos chamou sede vós também santos em todo o vosso procedimento; porquanto está escrito: Sereis santos, porque eu sou santo” (I Pedro 1.15).

Como podem ver o Apóstolo Pedro não conferia, a tal pessoa o título de santo. Ele conclamava todos à santidade. A própria pessoa é que tinha de se esforçar para ser santo. Primeiro não mantendo os costumes mundanos de antes da conversão; mas, considerando que Deus é santo, devemos todos nós, os membros, e não apenas algumas pessoas em especial, serem santos, separados daquilo que Deus abomina, senão, jamais adentraremos os céus. “Outrora, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses; agora, porém, que já conheceis a Deus, ou, melhor, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir”? (Gálatas 4.8,9).

Há, também, quem defende que o primeiro santo da igreja católica, segundo suas interpretações bíblicas, a ser canonizado pelo próprio Cristo, na crucificação, foi o ladrão que se arrependeu.

Claro que conhecemos a história dos dois ladrões nas cruzes, juntamente com Cristo, e que eles representam cada um de nós, como os humildes que se arrependem; e os arrogantes que desprezam a Deus e a sua Palavra, e a expressão: “... estarás comigo no Paraíso”, está destinada a todos que reconhecem Cristo como salvador, que se arrependem de seus pecados e passam a viver segundo a Palavra e procura ser fiel até o fim.

O que vemos no quadro da crucificação do ladrão é um homem cheio de pecado, que se dirigiu a Jesus, se arrependeu e ganhou a salvação. Muitos não entendem esse processo e acha que é uma heresia qualquer ser humano dizer, em Cristo, que está salvo.

A salvação é pela fé; sem fé, e se não passar pelo processo básico do ladrão na cruz, o arrependimento, e não viver pelos preceitos bíblicos, não consegue dizer-se salvo. Ademais, será preciso matar um leão por dia, para mantê-la, pois o Inimigo de nossas almas vai fazer de tudo para nos destituir com suas seduções, tentações e provocações carnais e mundanas.

Quando a pessoa aceita Cristo como seu salvador, tudo que o tal era, anteriormente, é apagado: “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Coríntios 5.17) e: “... se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (I João 1.7).

Por que “bom ladrão”? Porque ele foi bonzinho... Falou com Cristo... Reconheceu seus pecados... Pediu perdão... Ele não fez nenhum favor, a não ser a si mesmo. Deus não precisa do homem. Deus o busca por que seu amor é inexplicável! A Bíblia diz que Deus vive rodeado de santos anjos, a seu serviço, que o exaltam, o elogiam, dizendo e reconhecendo, vinte e quatro horas: “Santo, Santo, Santo é o Senhor” (Isaías 6.3). O ser humano sem Deus é mau, perverso, qual a utilidade dele no céu?!

“Que é o homem, para que tanto o engrandeças, e ponhas sobre ele o teu pensamento, e cada manhã o visites, e cada momento o proves?” (Jó 7.17,18).

“Pode o homem ser de algum proveito a Deus?” (Jó 22.2).

“Eis que até a lua não tem brilho, e as estrelas não são puras aos olhos dele; quanto menos o homem, que é um verme, e o filho do homem, que é um vermezinho!” (Jó 25.5,6).

Mas Deus amou tanto esse mundo, o ser humano, que deu seu filho para morrer em favor de todos nós:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Todos aqueles que aceitam Jesus, tem o dever de viver como ele determina por meio de sua Palavra, tem o dever, também, de tornar reconhecida sua santidade, sua vida em função do amor, da fé, capaz de perdoar, tolerar, suportar, sendo dóceis, humildes, fervorosos e amáveis. Não precisamos de “mais santos” (quantidade), o que precisamos cada um de nós, é nos tornarmos mais santos (qualidade), cada dia mais separados do pecado, para termos uma vida santificada, por meio da Palavra.

Na Bíblia não contém nenhum ato de canonização, apenas destaca os santos que aceitaram a Jesus, dentre milhares, devido à extensão de seus chamados, suas atitudes, seu modo de viver.

O destaque dado ao ladrão, por exemplo, é que sua humildade, seu reconhecimento que Jesus salva, merece ênfase. A Igreja Católica confunde esse destaque, bem como a atitude de Cristo em prometer o Paraíso, com a canonização. Se assim não o fosse ela entenderia que na Escritura os pré-requisitos para a beatificação, nos quais ela se baseia: investigação da vida da pessoa cuja canonização foi pedida pela autoridade eclesiástica; constatação das virtudes, martírios, exemplos de santidade e milagres atribuídos; e se considerar necessário o tempo de culto prestado à pessoa, não existe tal processo na Bíblia dentro desses trâmites. Especificamente no que se refere ao ladrão na cruz e a Estevão, a doutrina católica atribui a herança desses pré-requisitos, aos hagiógrafos, pessoas que escreviam, no passado, uma espécie de ata da vida dos “santos”.

Ninguém faz milagres por si mesmo e o tal santo já não está vivo para que possa dizer: “em nome de Jesus fique curado!”, usando assim, a fé. Porque o milagre só irá ocorrer se a pessoa pedir a Jesus ou determinar em nome dele, com confiança.

A base para a doutrina da necessidade da intercessão dos santos, segundo informa meu material de pesquisa é fundamentada, também, nesse versículo: “Antes de tudo, pois, exorto que (os membros daquela igreja, os santos em Cristo) se use a prática de súplicas, orações e intercessões, ações de graças em favor de todos os homens” (I Timóteo 2.1). Para muitos, destacando a última frase “intercessões em favor de todos os homens”, consideram que, quem intercede por “todos os homens” são os “santos”. Os salvos, que já estão no céu, intercedem pelos homens na terra, ou seja, os mortos intercedem pelos vivos. Isso não tem base bíblica. Outro versículo nos lembra também: “Orai uns pelos outros...” (Tiago 5.16), como bem falou o profeta Samuel: “Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor deixando de orar por vós...” (I Samuel 12.23). É a oração dos que estão vivos por outras pessoas também vivas.

Analisemos esse pequeno texto a seguir. Trata-se de uma carta que o Apóstolo Paulo escreve a Timóteo, seu filho na fé, conforme nos explica o capítulo primeiro, e Paulo vai falando, o qual resumo: “Eu te roguei (Timóteo) que ficasse em Éfeso para advertires a alguns que não ensinassem doutrina diversa (variada e diferente da Bíblia) e nem se preocupassem com fábulas (invencionices). Que tenham fé não fingida, das quais coisas alguns se desviaram, querendo ser doutores da lei, embora não entendam o que dizem. Fiel é esta Palavra (de Deus) e digna de toda aceitação” (I Timóteo 1.7).

O capítulo 2 se inicia, dentro do mesmo assunto, dirigido a mesma pessoa, com o pedido de “intercessões por todos os homens”. Quem iria interceder? Os membros agrupados da igreja que se reuniam para buscar a Deus. Quem seriam esses “todos os homens”? No contexto ele faz referência aos “reis” (governantes da época), e pelos que exercem “autoridade” (isso em todas as épocas). Explica ele o motivo: “para que tenhamos uma vida sossegada”. Pois nossas autoridades precisam de honestidade, sabedoria para nos conduzir bem. Portanto, não há nenhuma referência a “santo”, imagem, alguém que já morreu, para a intercessão solicitada, ou melhor, há; os santos membros reunidos, como de costume, naquele presente momento.

No versículo 5, ainda no capítulo 2 de Timóteo, o Apóstolo Paulo meio que rebate a fundamentação católica: “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”. Isto posto, como eu poderia criar outro mediador, outro intercessor? Sendo ele o Todo Poderoso, criador de tudo, para que se querem “deusinhos”, “santinhos”? “Quem entre os deuses é como tu, ó Senhor? A quem é como tu, poderoso em santidade, admirável em louvores, operando maravilhas”? Interroga-nos a santa palavra de Deus (Êxodo 15.11).

“Quem entre os santos é como tu, ó Senhor?”

Vejamos também:

“Pois, ainda que haja alguns que se chamem deuses (santo fulano, santo cicrano), quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também” (I Coríntios 8.5,6).

Eu já ouvi dizer: “eu sei que Deus é só um”. Pois então, na “religião” correta que expressa a Bíblia, Deus deverá ser ÚNICO, número um, literalmente. Devemos contar exclusivamente apenas com a Trindade, portanto, estamos proibidos de orar, de rezar, de cultuar, de falar, com qualquer outro que não seja Deus, em nome de Cristo. Podemos ter Deus no pensamento, no espírito, no coração, mas jamais por meio de figura, de estátua, etc.

“A quem tenho eu no céu senão a Ti? e na terra não há quem eu deseje além de Ti”. (Salmo 73.25).

“Quem é semelhante ao Senhor nosso Deus, que tem o seu assento nas alturas, que se inclina para ver o que está no céu e na terra”? (Salmo 113.5).

“Porque eu conheço que o Senhor é grande e que o nosso Senhor está acima de todos os deuses. Tudo o que o Senhor deseja ele o faz, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos” (Salmo 135.5).

A ti levanto os meus olhos, ó tu que estás entronizado nos céus” (Salmo 123.1).

Quando o apóstolo Paulo, vindo do judaísmo monoteísta encontra em Cristo o Messias profetizado e esperado, continua a pregar o monoteísmo determinado por Deus e por meio do cristianismo. Quando ele afirma que “há um só Deus” é no sentido literal da palavra, referência ao único DEUS verdadeiro. Não pode haver nenhum tipo de auxiliar, espiritual, por parte de quem quer que seja. Por mais que a pessoa tente justificar, mesmo que diga: “Eu sei que Deus está acima de todos os deuses, de todos os santos” Pois se assim é apele somente para ele.

Quando os adeptos de outras religiões adotam tais práticas, segundo a Palavra de Deus, estão afirmando que tem outro “deus”, outro auxiliar além do próprio Deus.

O Senhor é o verdadeiro Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno, ao seu furor estremece a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação. Assim lhes direis: Os deuses que não fizeram os céus e a terra, esses perecerão da terra e de debaixo dos céus. Ele fez a terra pelo seu poder; ele estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus. Quando ele faz soar a sua voz, logo há tumulto de águas nos céus, e ele faz subir das extremidades da terra os vapores; faz os relâmpagos para a chuva, e dos seus tesouros faz sair o vento” (Jeremias 10.10-13).

“Esses perecerão”. Quem não já assistiu imagens sendo derrubadas, involuntariamente, quebradas e a pessoa percebe nitidamente que não passa de pedaços de gesso, nada mais, embora para muitos seja uma representação legítima.

Eu fico com a Palavra de Deus, nisso consiste meu “fundamentalismo”, pois, se a Palavra dissesse que eu deveria ter outros deuses, imagens, em obediência eu os teria. Fundamentalismo este, no que diz respeito às minhas convicções espirituais sem, contudo, violência, intolerância, agressão e imposição. Respeitando, não sair por aí forçando-os a crerem no que pregamos, nem quebrando ou chutando suas imagens. Porém, batendo sempre na mesma tecla, isso não impede que possamos viver pacificamente. Nosso dever é ensinar com mansidão por meio de um bom diálogo. A Bíblia nos ensina que "não é por força e nem por violência".

“Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar e cumprir a lei do Senhor, e para ensinar em Israel os seus estatutos e as suas ordenanças” (Esdras 7.10).

Toda essa rejeição por parte dos crentes às imagens de escultura é extremamente em obediência a Deus, como já foi frisado, pois temos “um Deus que trabalha para aquele que nele espera”, conforme nos afirma o profeta Isaías (Isaías 64.4).

Já pensou... Deus trabalhando a nosso favor? Assim vencemos tudo e todos. E sabe por quê? Porque Deus nos honra, Ele se compromete com quem confia nele, com quem põe a sua fé nele.

Voltando ao tema da beatificação, vejamos o exemplo dos apóstolos Paulo e Barnabé, que foram pregar o evangelho na cidade de Listra e se depararam com um homem aleijado e Paulo viu que ele tinha fé para ser curado, então ordenou que ele se levantasse. As pessoas da cidade quiseram atribuir-lhes a mesma divindade que davam aos seus deuses gregos, por nome de Júpiter e Mercúrio, hoje é diferente? Não. Concederam a Paulo o título de “São Paulo” e dele fizeram uma estatueta.

Ao contrário do que se esperavam os apóstolos ficaram bastante indignados:

“...E ali pregavam o evangelho. Em Listra havia um homem que ficava sempre sentado porque era aleijado dos pés, coxo de nascença e que nunca tinha andado. Este ouviu as palavras de Paulo, e Paulo, fitando nele os olhos viu que ele tinha fé, que acreditava para ser curado, disse Paulo em alta voz: Levante-se e fique direito sobre os teus pés. E ele saltou, e andava.

As multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a voz, dizendo em língua licaônica: Os deuses chegaram até nós em forma de homens! A Barnabé eles chamavam Júpiter, e a Paulo, Mercúrio, porque era ele o que dirigia a palavra. O sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trouxe para as portas touros e grinaldas e, juntamente com as multidões, queria oferecer-lhes sacrifícios.

Quando, porém, os apóstolos Barnabé e Paulo ouviram isto, rasgaram as suas vestes (como símbolo de grande indignação) e saltaram para o meio da multidão, clamando e dizendo: Senhores, por que fazeis estas coisas? Nós também somos homens, de natureza semelhante à vossa, e vos anunciamos o evangelho para que destas práticas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar, e tudo quanto há neles...” (Atos 14.7-15).

Veja, nesses versículos acima, a tentativa de os pagãos transformarem os apóstolos em deuses, em ídolos, no que foram completamente rebatidos. Mas, tempos depois, essa mistura acabou acontecendo por causa da fraqueza de certos cristãos e novas religiões tiveram início.

A canonização, segundo ainda a doutrina católica, só pode ser concedida depois da morte do santo, quando a Bíblia nos ensina que nossa santidade tem três principais motivos: dar testemunho do que Cristo fez em nossa vida, colocar-nos no céu, nos garantindo a salvação; outrora pessoas desprezadas pela sociedade, afundadas em pecados; e ganhar outros servos, com base nos nossos frutos, para o reino dos céus e isso em vida.

Alguém dirá: “Mas eu recebi um milagre ao invocar “santo fulano de tal”, como explica isso? Eu creio que realmente recebeu, mas o milagre, ou pseudo milagre, saiu de alguma “dimensão” desconhecida. A “dimensão do mal” vai proporcionar até a aparição de um “anjo de luz”, quando na verdade não o é. Essa dimensão vai fazer de tudo para que não cheguemos ao conhecimento da verdade: “...vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Pois são espíritos de demônios, que operam sinais...” (milagres sobrenaturais - Apocalipse 16.13,14). “...Outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades (potência, força) do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência...” (Efésios 2.2). Como veem há uma forma de poder invisível atuando no espaço.  Alguém se perguntará: o poder do mal faria o bem? Como forma de engano, sim. “Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade e da pureza que há em Cristo” (II Cor 11.3).

“Simplicidade” é a palavra chave nesse contexto. Cristo é simples, não se faz necessário excesso de teorias vãs. Somos criaturas de Deus, vivíamos no pecado, Deus enviou seu único Filho que derramou seu sangue para nos salvar, mediante sua orientação contida em sua Palavra e assim “será salvo tu e tua casa”. Pronto! Observando que Ele não é anárquico, é preciso se pautar por suas regras e usar a fé para crer.

Deus não dá resposta a quem se dirigi a Ele e às estatuetas, veja:

“E será que, quando Moabe se apresentar, quando se cansar nos altos (locais elevados onde, também, se prestava culto aos deuses pagãos e Moabe fazia isso) e entrar no seu santuário a orar (no local reservado, onde ele buscava o Senhor), nada alcançarão” (da parte de Deus - Isaías 16.11,12).

“Filho do homem, fala aos anciãos de Israel, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Vós vindes consultar-me, Vivo eu, que não me deixarei ser consultado de vós, diz o Senhor Deus. Então lhes disse: Lançai de vós, cada um, as coisas abomináveis que encantam os seus olhos, e não vos contamineis com os ídolos do Egito; eu sou o Senhor vosso Deus. Mas rebelaram-se contra mim, e não me quiseram ouvir; não lançaram de si, cada um, as coisas abomináveis que encantavam os seus olhos, nem deixaram os ídolos de Egito; então eu disse que derramaria sobre eles o meu furor, para cumprir a minha ira contra eles no meio da terra do Egito” (Ezequiel 20.3-8).

Vejamos o esclarecimento de outro texto:

“Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho das nações, nem vos espanteis com os sinais do céu; porque deles se espantam as nações, pois os costumes dos povos são vaidade (desobediência, arrogância); corta-se do bosque um madeiro e se lavra com machado pelas mãos do artífice. Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova. ...Não podem falar; necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer o mal, nem tampouco têm poder de fazer o bem.

Ninguém há semelhante a ti, ó Senhor; és grande, e grande é o teu nome em poder. Quem te não temeria a ti, ó Rei das nações? Pois a ti se deve o temor... Mas eles todos são embrutecidos e loucos; a instrução dos ídolos é como o madeiro. ...Trabalho do artífice, e das mãos do fundidor... Mas o Senhor é o verdadeiro Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno, ao seu furor estremece a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação. Assim lhes direis: Os deuses que não fizeram os céus e a terra, esses perecerão da terra e de debaixo dos céus. Ele (Deus) fez a terra pelo seu poder; ele estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus. ...Pois as suas imagens fundidas são falsas, e nelas não há espírito (fôlego, vida). Vaidade (presunção) são, obra de engano...” (Jeremias 10.1-14).

No início do parágrafo podemos observar que a dedicação aos ídolos foi ensinada, nesse caso, foi copiado o modelo de nações pagãs. Há expressões como “sinais do céu”. Como assim, “do céu”? Por que tem aparência de milagre divino, mas não o é. Infelizmente as “nações” absorvem esses “milagres”. Não tem “poder de fazer o bem”, é a Bíblia que nos afirma, então, de onde está vindo esse suposto “bem”? É o caso de se pensar. Por fim, alerta que “não há espírito nelas” e “são obra de engano”. Se não há espírito, se o santo, uma vez morto, não sabe coisa alguma aqui na terra, como já foi colocado, a quem se está dirigindo? A algo sem vida, a um pedaço de gesso, de madeira, em que, por meio de espíritos enganam, e as pessoas ficam reféns de ensinos enganosos.

“... segundo o número das tuas cidades, são os teus deuses, ó Judá...  ....tendes levantado altares à impudência (sem pudor, com cinismo), altares para queimardes incenso a Baal. Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por eles clamor nem oração; porque não os ouvirei no tempo em que eles clamarem a mim por causa da sua calamidade” (Jeremias 11.13,14).

“O meu povo consulta ao seu pau (estatueta feita de madeira), e a sua vara lhe dá respostas, porque o espírito de luxúria os enganou, e eles, prostituindo-se, abandonam o seu Deus” (Oseias 4.12).

A Bíblia admite que a resposta vem, mas por meio de um espírito.

Quando a pessoa fixa seus dois olhos em um “pedaço de gesso” ou de “madeira”, perdoem-me a expressão, já deixou de se concentrar nos céus para se aplicar ao que está à sua frente, achando que essa ação está ligada a Deus. Eu creio que ele apenas meneia a cabeça. Com base em que eu faço essa afirmação? No que a Bíblia ensina.

“Mas o Senhor é o verdadeiro Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno” (Jeremias 10.10), insiste a expressão bíblica. Quando citamos isso, vemos algum devoto franzir o canto da boca e menear a cabeça, enquanto responde: “é claro que Deus é tudo isso! Como não?! Nós cremos na Bíblia!” Se ele é o seu Deus verdadeiro, único, Poderoso, você não precisa de auxiliares fora da Trindade. Não teime, não invente motivos para as crenças que Deus condena. Liberte-se!

O versículo abaixo, o qual o será repetido lá na frente, deixa claro as duas dimensões, do bem e do mal; de Deus e do inferno:

“Mas que digo? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? (ou seja, Deus recebe?) Ou que o ídolo (a estatueta) é alguma coisa? (Tem serventia perante os céus?) Antes digo que as coisas que eles sacrificam, sacrificam-nas a demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios” (I Coríntios 10.19.20).

E se o suposto “santo” tiver morrido em pecado, todos estão sujeitos a isso, sem que seus amigos mais próximos e a família soubessem? Deus é sábio, por isso mesmo ele não permite que ser humano algum, falível, seja intercessor, após a morte, de ninguém. O único que foi considerado inviolado pelo pecado chama-se Jesus. Ele só nos é suficiente.

“Disse-lhe Jesus: ... Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos...” (João 4.21,22).

Uma de minhas sobrinhas, contou-me um fato, toda abismada. Morreu um evangélico, conhecido dela, em acidente de carro, e o veículo, após a batida, pegou fogo imediatamente, carbonizando-o.

No velório estava presente também o pastor dessa família, que ficou estupefato com a revelação da esposa do falecido. Segundo o que foi relatado, disse a esposa lamentando “Meu marido morreu e nem teve tempo de falar comigo. Estávamos de “mal” há três dias” (Veja o Documentário “O Fenômeno Lázaro”, que narra três experiências de quase morte, no Youtube. Conta a história do pastor que morreu, porém não tinha consciência de que estava em pecado).

E agora? Ele morreu rapidamente com o impacto? Sob as chamas teve ele tempo de preocupar-se em ser socorrido ou se preocupou com o mais importante que era pedir perdão a Deus? E Deus perdoá-lo-ia? Uma vez que ele e a esposa não haviam se perdoado, como nos ensina a oração do Pai Nosso que diz: “perdoai as nossas ofensas, assim como temos perdoado...” Ele não poderia argumentar que perdoou a esposa. Estaria esse “santo” no céu? E alguém diria: quem disse que ele era santo? Bem, todos sabiam que ele, “aparentemente”, levava uma vida “separada” do pecado. De qualquer forma são questões que só o próprio Deus sabe, só ele para julgar-nos.  Quanto a nós, cabe estarmos vigilantes constantemente e “quites” com o Todo Poderoso. A pessoa pensa que alguém morreu em santidade, quando na verdade, supostamente, nem chegou ao céu.

A Igreja Evangélica não tem como objetivo de apenas “criticar” a Igreja Católica, ou ser impositiva. Muitos de nós fomos católicos praticantes um dia, ou de outras religiões; mudamos, não por acreditarmos em “tradições pastorais, patriarcais”, mas porque alguém nos mostrou as verdades bíblicas, que outrora não a víamos, alguém cumpriu o “ide” de Jesus para conosco:

“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho...” (Marcos 16.15).

“Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; se não o avisares (por causa do pecado), nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, a fim de salvares a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniquidade; mas o seu sangue, da tua mão o requererei: Contudo se tu avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu mau caminho, ele morrerá na sua iniquidade; mas tu livraste a tua alma.

Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça, e praticar a iniquidade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá; porque não o avisaste, no seu pecado morrerá e não serão lembradas as suas ações de justiça que tiver praticado; mas o seu sangue, da tua mão o requererei. Mas se tu avisares o justo, para que o justo não peque, e ele não pecar, certamente viverá, porque recebeu o aviso; e tu livraste a tua alma” (Ezequiel 3.18-21).

Muitas vezes quando batemos nas portas, elas não são abertas, as pessoas não dispõem de tempo. Somos criticados, taxados como pessoas desocupadas.

“E todos os dias (os discípulos), no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo” (Atos 5.42).

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8.32).

Daí por diante passamos a perpetuar, também, esse ensino, pois é um imperativo de Cristo, isso é evangelização: trazer à luz um conhecimento que o outro não tem, por meio das boas novas, que é o Evangelho.

“... vos ensinarei o caminho bom e direito” (I Samuel 12.23).

- É preciso desejar, ansiar, em conhecer qual é a verdade

“Então tive desejo de conhecer a verdade...” (Daniel 7.19a).

“Minha alma te deseja de noite; sim, o meu espírito, dentro de mim, diligentemente te busca...” (Isaías 26.9).

“Ensina-me, Senhor, o teu caminho e guia-me pela vereda direita...” (Salmo 27.11).

“Por causa do seu orgulho, o ímpio não o busca; todos os seus pensamentos são: Não há Deus” (Salmo 10.4).

Muitos consideram, inclusive o clérigo católico, que os crentes apenas migraram para a igreja evangélica, desconhecendo o poder de Deus que emana da Palavra, e o poder do Espírito Santo que convence, de outra forma, como haveria de ocorrer libertação?

Se tivermos uma mente que teme a Deus, um coração flexível, que se dispõe a buscá-lo, a esquadrinhar a Verdade em sua Palavra, enquanto a mesma é lida é como se “ondas” divinas e invisíveis emanassem e promovessem mudança e libertação de conceitos antigos. Portanto, leiam a Bíblia, várias vezes, o quanto puderem. Com espírito de aceitação, não de contestação incrédula.

Outros entendem que essa migração para a Igreja Evangélica deu-se por meio de expedientes adotados pela mesma, por meio de uma metodologia sedutora, por meio da manipulação de milagres. Qual nada! Isso não existe! E quando existe, atinge apenas uma minoria que não foi alcançada pelo convencimento do Espírito Santo. O resultado? Eles debandam. Não é o caso da formação de algumas igrejas evangélicas, como um todo, que subsiste por séculos.

- O Diabo, como mentor das ações de alguns, quer nos impedir de falarmos sobre a Verdade de Cristo

“... disseram-lhe alguns dos fariseus dentre a multidão: Mestre, repreende os teus discípulos.  Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão” (Lucas 19.39,40).

Satanás usa alguns no Legislativo que tentam criar Projetos de Lei, em defesa de certos liberalismos, para que o simples discordar de tais ideias seja interpretado como preconceito e, portanto, passível de crime. Mas Jesus manda que falemos qual é o posicionamento dEle e de Sua Palavra em relação às coisas pecaminosas, para que não sejamos julgados coniventes. Ao nos expressarmos contra, não deverá, em hipótese alguma, ser considerado crime. Aceitar ou não é escolha de quem ouve:

“Pode acaso associar-se contigo o trono de iniquidade, que forja o mal (criminaliza) tendo a lei por pretexto?” (Salmo 94.20).

Isso é tão atual... Querem criar leis para criminalizar a simples opinião, por exemplo: não podemos demonstrar-nos contra a prática homossexual, pois a mesma poderá ser enquadrada na lei de preconceito.

 “... pois outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz... ... provando o que é agradável ao Senhor; e não vos associeis às obras infrutuosas das trevas, antes, porém, condenai-as; porque as coisas feitas por eles em oculto, até o dizê-las é vergonhoso” (Efésios 5.8-21).

“E tu, ó filho do homem, não os temas, nem temas as suas palavras (retaliação, represália); ainda que estejam contigo sarças e espinhos (perseguições, prisão), e tu habites entre escorpiões (demônios); não temas as suas palavras, nem te assustes com os seus semblantes, ainda que são casa rebelde. Mas tu lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir, pois são rebeldes. Tu, ó filho do homem, ouve o que te digo; não sejas rebelde como a casa rebelde; abre a tua boca...” (Ezequiel 2.5-8).

“Mas de noite um anjo do Senhor... ...disse: ...falai ao povo todas as palavras desta vida. Ora, tendo eles ouvido isto, entraram de manhã cedo no templo (cristãos no templo dos judeus) e ensinavam” (obedeceram, mesmo correndo o risco de serem presos - Atos 5.19).

Vemos aí a ordem de um anjo, da parte do Senhor, para que a Palavra fosse ensinada. Esse mesmo ensino trouxe luz ao nosso entendimento. Essa verdade, por meio do Espírito Santo, nos libertou daquilo que, cegamente, o tínhamos por certo.

O Evangelho liberta por meio da Palavra, do Espírito Santo, não há libertação em quem vivencia um Evangelho superficial, mentiroso. Nesse caso somos apenas expectadores de uma religião qualquer.

 

 

 

www.revistashowdafe.com.br- A Revista da Fé Cristã -Graça Artes Gráficas e Editora Ltda, Rio de Janeiro, RJ.

“Documentário: Pastor Haik Hovsepian” - J.F.A: Joseph Film e Animation - Portas Abertas Internacional: Marcelo Oakadiel (12-09-2015).

BÍBLIA Sagrada (Eletrônica, AT e NT). Europa Multimídia. Programação: Leandro Calçada, Ilustração:Wilson Roberto Jr. Colaboração: Thélos Associação Cultural.

Vide tópico 56 - Referências Bibliográficas