45 - Origem da Igreja Católica x Origem da Igreja Evangélica Primitiva
“...Os amigos comuns diziam que Paulo era um bruxo, e certa noite Chris telefonou para o pastor da igreja protestante que frequentava pedindo que rezasse por ela”. (As Valkírias – pdf - meocloud - p. 7).
“Falaram dos rituais templários, da reencarnação, da magia sufi, dos caminhos da Igreja Católica na América Latina”. (Idem - p. 11).
Daremos uma pequena pincelada, conforme posicionamento de alguns estudiosos, no surgimento da igreja católica, também citada por Paulo Coelho, bem como a igreja protestante, evangélica.
Minha posição não é a de proporcionar um duelo entre a igreja evangélica e a católica, onde há maior número de cristãos, nem teria “cacife” para isso, nem se trata de: “minha igreja é melhor que a sua”, meramente, trata-se da verdade da Palavra. Meu objetivo é demonstrar o esclarecimento bíblico a respeito dos temas abordados, na esperança que muitas pessoas se libertem e não mais sejam norteadas pelo erro.
O vocábulo “igreja” vem do grego ekklésía e do latim ecclésía que significa “assembleia”. O Novo Testamento emprega ekklesia com sentido de referência à “reunião de crentes para adorar a Cristo”.
Depois da morte de Jesus os discípulos ficaram meio que sem rumo. A primeira igreja a ser formada, como todos sabem, teve início com reuniões e pregações nas residências dos discípulos e usualmente conhecida, entre os estudiosos, como a Igreja Primitiva, embora a Bíblia não a denomine dessa forma. Portanto, a primeira igreja a ser formada na Terra foi a “Igreja de Cristo”, a “Igreja Cristã”, simplesmente. As denominações surgiram séculos depois. Os apóstolos não se atinham a esses pormenores, o importante, o fundamental, era, e ainda é que a Igreja se paute pelas Palavras de Cristo, por suas diretrizes. A Igreja que assim não o faz ela é nula diante de Deus. A denominação é só um detalhe, embora as interpretações bíblicas sejam várias, lamentavelmente.
“As igrejas da Ásia vos saúdam. Saúdam-vos afetuosamente no Senhor Áquila e Prisca, com a igreja que está em sua casa” (I Coríntios 16.19).
“Saudai aos irmãos que estão em Laodiceia, e a Ninfas e a igreja que está em sua casa” (Colossenses 4.15).
A formação da Igreja deu-se por meio da obediência a Cristo, a seu imperativo:
“E disse-lhes (Jesus):Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Marcos 16.15,16).
Aos seus seguidores, aos que fazem a obra de Deus, o Senhor Jesus prometeu-lhes poder, importante na formação da igreja, ganhando pessoas para o reino de Cristo, pois isso chamava a atenção dos incrédulos e os fazia crer em um Cristo vivo, poder este para os que têm fé:
“E estes sinais acompanharão aos que crerem: Em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos e estes serão curados. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus” (Marcos 16.17-19).
Como veem Deus não confiou poderes especiais apenas aos 12 apóstolos. Este poder está acessível a todo o que crer ao que se dispõe a fazer a obra de Deus, mais necessário ainda a quem dirige uma igreja. Graças a Deus temos visto isso em meio ao povo evangélico, em nome de Jesus pessoas são curadas, demônios são expulsos, pessoas de fé têm colocado esse poder em ação, e jamais afirmam que isso é algo próprio deles. Os que não têm fé afirmam que é hipnose, que tudo não passa de algo previamente combinado. Embora devamos analisar bem tudo o que vemos.
Vejamos a orientação de Cristo para a formação da Igreja propriamente dita:
“Depois disso designou o Senhor outros setenta, e os enviou adiante de si, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. Ide; eis que vos envio como cordeiros ao meio de lobos.
Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘Paz seja com esta casa’. E se ali houver um filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; e se não, voltará para vós. Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que eles tiverem... Também, em qualquer cidade em que entrardes, e vos receberem, comei do que puserem diante de vós. Curai os enfermos que nela houver, e dize-lhes: É chegado a vós o reino de Deus. Mas em qualquer cidade em que entrardes, e vos não receberem, saindo pelas ruas, dizei: Até o pó da vossa cidade, que se nos pegou aos pés, sacudimos contra vós. Contudo, sabei isto: Que o reino de Deus é chegado.
Digo-vos que naquele dia haverá menos rigor para Sodoma, do que para aquela cidade” (que rejeitou o ensino da Palavra de Deus - Lucas 10.1-12).
Essas são palavras de Cristo, referente à formação da Igreja, que, para a mesma vir a existir seria necessário que a vontade de Deus para nossas vidas fosse manifestada, por meio da pregação do Evangelho, da Palavra, de posse da nova vida houve, então, o agrupamento dessas pessoas com o mesmo objetivo: adorar a Deus e aprender com os ensinamentos de Cristo e dos apóstolos para ter uma vida transformada, que mostrasse o antes e depois.
Quarenta dias depois de sua ressurreição, Jesus deu instruções finais aos discípulos e ascendeu ao céu (Atos 1.1-11).
Os discípulos voltaram a Jerusalém e se recolheram durante alguns dias para jejum e oração, aguardando o Espírito Santo, o qual Jesus disse que viria. Cerca de 120 pessoas, seguidores de Jesus, o aguardavam.
Os primeiros cristãos formavam uma comunidade estreitamente unida em Jerusalém, após o dia de Pentecoste. Eles repartiam todos os seus bens materiais entre eles mesmos (Atos 2.44-45). Muitos vendiam suas propriedades e davam à igreja o produto da venda, a qual distribuía esses recursos entre o grupo carente (Atos 4.34-35). Eles ainda iam ao templo judaico para orar (Atos 2.46). Começaram a partilhar a Ceia do Senhor em seus próprios lares, onde a igreja se principiou, ou seja, se resguardando de perseguição (Atos 2.42-46).
“Saudai também a igreja que está na casa deles...” (Romanos 16.5).
“Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, nosso companheiro de trabalho, e à nossa irmã Áfia, e a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que está em tua casa: Graças a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (Filemon 1.1-3).
A mensagem de Jesus, pregada pelos seus seguidores, não ameaçava o domínio romano, mas o crescimento acelerado da religião incomodava o Império. A Igreja em seu princípio passou por muitas perseguições. A fidelidade aos ensinamentos de Jesus causou muitos conflitos com outras religiões da época. Primeiro os apóstolos foram perseguidos pela liderança judaica.
No período de 64 a 313 houve mais perseguições violentas, entre tantos motivos o que se destacou foi o fato de a igreja dos apóstolos não aceitarem a adoração dedicada ao Imperador, não aceitavam a mistura com religiões diversificadas e rejeitavam todo e qualquer tipo de idolatria, de uso de imagens. Por força das perseguições o cristianismo passou a ser uma religião clandestina.
A morte de Estevão por apedrejamento (Atos 7) deu início a uma onda de perseguição que levou muitos cristãos a abandonarem Jerusalém (Atos 8.1). Alguns desses cristãos estabeleceram-se entre os gentios de Samaria, onde fizeram muitos convertidos (Atos 8.5-8), e fundaram congregações em diversas cidades de gentios.
Os primeiros missionários cristãos concentraram seus ensinos baseados na pessoa e obra de Jesus Cristo. Declararam que ele era o servo impecável e Filho de Deus que havia dado sua vida para expiar os pecados de todas as pessoas que depositavam sua confiança nele (Romanos 5.8-10). Ele era aquele a quem Deus ressuscitou dos mortos para derrotar o poder do pecado (Romanos 4.24-25; I Coríntios 15.17).
Deus operava milagres de cura por intermédio desses primeiros cristãos. Pessoas enfermas reuniam-se no templo e muitos doentes se punham no caminho de sorte que a sombra do apóstolo Pedro passasse sobre eles para serem curados (Atos 5.12-16). Esses milagres convenceram muitos de que esses cristãos estavam verdadeiramente servindo a Deus.
Depois de sua formação em Jerusalém, a igreja apostólica começa a evangelizar os povos vizinhos, até chegar a Roma, onde, tempos depois, parte dela sofreria forte influência do paganismo romano.
A Igreja do Novo Testamento é chamada de Igreja Primitiva, por ter sido a primeira, óbvio, e não ter nenhum outro título em especial. Essa Igreja já não pode ser identificada com a Igreja Católica Romana, segundo os estudiosos, por várias razões, como por exemplo:
* Os problemas doutrinários e éticos surgidos na Igreja Primitiva eram resolvidos pelo presbitério (Atos 15.1-29), na Igreja Católica, são resolvidos pelo papa, no âmbito geral, há uma liderança centralizadora;
* Na Igreja Primitiva não havia “missa”, como no rito atual; havia culto com cânticos de hinos, orações, leitura e pregação;
* Na Igreja Primitiva não havia padre, nem cardeal, nem papa; havia presbíteros, diáconos e bispos. Qualquer pessoa que examinar o Novo Testamento verá claramente que a Igreja Católica Romana não tem total semelhança com a Igreja Primitiva.
* Não havia imagens de escultura de forma alguma;
Desculpem o enunciado a seguir, mas a Igreja Católica surgiu da degeneração de parte da Igreja Primitiva, desde o início, homens fraudulentos entraram para a Igreja cristã. No princípio, entretanto, as perseguições contra os cristãos se encarregaram de “purificar” a comunidade cristã, separando os verdadeiros dos falsos seguidores.
Por um decreto do imperador Constantino, o Cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano. Com a legalização pouco a pouco surgia uma “nova igreja”, paralela à igreja apostólica. Muitas pessoas, sem ser verdadeiramente convertidas, entraram para essa Igreja. As atuações de tais pessoas e as influências do mundo pagão levaram alguns a adotar doutrinas e práticas que se chocavam brutalmente com os ensinos bíblicos (coisa que ainda hoje acontece como parte dessa “herança”):
* Em 370 principia o uso de altares e velas (Não existe tal prática por parte dos cristãos primitivos);
* Em 400 Paulino de Nóla ordena que se reze pelos mortos, e ensina o sinal da cruz (Idem, e a Bíblia condena);
“...depois se vão aos mortos. Ora, para aquele que está na companhia dos vivos há esperança; porque melhor é o cão vivo do que o leão morto. Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa...” (Eclesiastes 9.3-5).
“...Clamo a ti todo dia, Senhor, estendendo-te as minhas mãos. Mostrarás tu maravilhas aos mortos? ou levantam-se os mortos para te louvar? Será anunciada a tua benignidade na sepultura, ou a tua fidelidade no Abadom? Serão conhecidas nas trevas as tuas maravilhas, e a tua justiça na terra do esquecimento? (Salmo 88.9-12)
* Em 783 foi adotada a adoração de imagens e relíquias “aperfeiçoada” no Concílio de Trento (Não existia tal prática por parte do cristianismo apostólico);
Não há menção na Bíblia de tais costumes acima citados. Não há petição por parte dos seguidores de Cristo a nenhum tipo de “santo” depois de mortos, nem mesmo aos santos apóstolos, se o fiel se dirigisse a algum “deus”, ou imagem, tal atitude seria considerada idolatria e, portanto, pecado. É claro que se houvesse um enfermo na família o membro procurava algum diácono, bispo ou apóstolo, que tinha fé, e vida fiel com Cristo, para orarem pelo doente. Mas o tal estava vivo e agindo na igreja, todos sabiam de sua idoneidade e eles atribuíam esse poder a Cristo.
Mas, apesar de não ser uma igreja misturada com pessoas de costume pagão, as pessoas em si não eram perfeitas. Jesus falou da convivência do joio com o trigo. Porém, mandou que retirassem o crente que, depois de repreendido, persistia no erro.
“Mas agora vos escrevo que não vos comuniqueis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem sequer comais. (...) Tirai esse iníquo do meio de vós” (I Coríntios 5.11-13).
"Tirar o iníquo" é ação da direção da igreja, que, conforme o caso, o disciplina afastando-o do rol de membro, como foi dito, por determinado período. Quando há arrependimento por parte desse membro, muitas vezes ele não concorda com a disciplina, se revolta mais ainda, afasta-se da programação da igreja, em um momento da necessidade de maior apoio espiritual. Fica arrogante. Muitas vezes cai no mundanismo.
Encontrei um texto passeando no wattsApp, o qual não sei quem o produziu, mas que é maravilhoso, e nos ensina:
“Estava procurando uma Igreja perfeita e resolvi ligar para o apóstolo Paulo (diz o personagem):
(Abro um parêntese para ressaltar que a verdadeira igreja de Deus (o trigo), dentro das igrejas, é verdadeira, é perfeita. Quem não é perfeita é parte dos que têm rótulo de igreja (joio), mas estes têm mau comportamento, lamentavelmente convive-se todos juntos).
- Alô, é o apóstolo Paulo?
- Sim. É ele.
- A paz do Senhor Jesus!
- Amém, irmão!
- Desculpe o incômodo, apóstolo, mas estou precisando de sua ajuda. É que ando decepcionado com muita coisa na Igreja a qual pertenço e estou a procura de uma Igreja perfeita. Estou pensando em congregar em Corinto. Ela é uma igreja legal?
- Olha a Igreja de Corinto tem grupinhos... (I Co 1.12). Tem inveja, contendas... (I Co 3.3). Brigas que vão parar nos tribunais de justiça comum (I Co 6.1) e tem até alguns fornicadores (I Co 5.1).
- E a igreja de Éfeso?
- É uma Igreja alicerçada na Palavra (At 20.27), mas, ultimamente, tem muita gente sem amor por lá (At 2.4).
- Então, penso em congregar em Tessalônica.
- Lá têm uns que andam desordenadamente, não gostam de trabalhar e se intrometem na vida alheia (II Ts 3.11).
- Hum! Tá difícil, hein, apóstolo?! E se eu for para a igreja de Filipos?
- Filipos até que é uma Igreja boa, mas lá têm duas irmãs que se chamam Evódia e Síntique que se desentenderam e estão sem conversar uma com a outra (Fp 4.2).
- Então eu vou mudar-me para Colossos e começar a congregar lá.
- Olha, em Colossos têm uns hereges que estão tumultuando o ambiente. Tem um grupo lá que anda cultuando a anjos (Cl 2.18).
- Que coisa! E se eu for para a Igreja dos gálatas?
- Bem, lá têm uns crentes se mordendo e devorando uns aos outros (Gl 5.15).
- Não sabia que era tão difícil achar uma igreja perfeita. Entrei em contato com o apóstolo João para saber se a igreja de Tiatira seria ideal, mas ele me disse que os irmãos lá têm tolerado uma mulher que se diz profetisa e que tem fomentado a prostituição e a idolatria (Ap 2.20). Pensei, então, na possibilidade de ir para Laodiceia, mas João me disse que seus membros estão muito longe da perfeição, pois são orgulhosos, materialistas e mornos espiritualmente (Ap 3.16). Perguntei sobre Pérgamo, e João me disse que lá têm alguns que seguem a doutrina dos nicolaítas e de Balaão (Ap 2. 14,15). Sabe, irmão Paulo, já pensei em ir para a Igreja Central em Jerusalém, mas ouvi dizer que tem muita gente preconceituosa lá (Gl 2.12,13), além de murmuradores (At 6.1) e alguns mentem ao ministério buscando destaque na comunidade (At 5.1-11). E agora? Como faço Paulo?
- Você precisa entender que não existe igreja perfeita (enquanto indivíduo), ela é composta por seres humanos. Meu conselho é que desista de procurar uma Igreja perfeita, e SEJA VOCÊ A IGREJA PERFEITA. Não deixe de congregar (Hb 10.25). Coloque-se à disposição de Deus. Quando for à Igreja, não vá pensando que o culto vai lhe agradar, mas vá à Igreja OFERECER UM CULTO AGRADÁVEL AO SENHOR JESUS”.
Muito interessante essa “viagem” por entre as igrejas e podermos ver que alguns de seus membros não eram perfeitos e que nós estamos sujeitos a conviver com pessoas assim. Mas, se analisarmos bem esse texto podemos pensar que TODA a igreja poderá ser assim. Não é verdade. Cristo, em meio a esses indivíduos imperfeitos, fez elogio às Igrejas aos quais os mesmos congregavam, falando de um modo geral. Podemos observar isso sobre as Igrejas de Apocalipse.
Igreja de Éfeso:
- Elogio
“Sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos... ...e tens perseverança e por amor do meu nome sofreste, e não desfaleceste. ...E que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço” (Apocalipse 2.2,3,6).
Havia pessoas dentro dessa igreja que apenas se diziam apóstolos, porém eram falsos.
Igreja de Sardes:
“Tens em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras… (espirituais)” (Apocalipse 3.4).
O que acontece dentro de nossas igrejas evangélicas com esses irmãos não apenas “imperfeitos”, mas que são encontrados no erro? A liderança procura o tal, para isso é importante que chegue ao conhecimento da mesma, não como fuxico, mas como a Bíblia ensina, com uma ou duas testemunhas, conversa com ele, espera ver nele sentimento de arrependimento para que ele assim mude de atitude, é o que a Bíblia ensina, caso ele não mude de atitude ele será destituído do rol de membros, conforme a gravidade de seu erro, por determinado tempo. Nesse período, enquanto ele apresenta “frutos de arrependimento” ou não, estamos sujeitos a conviver com o tal, pois a Igreja não pode fechar as portas para ele, e nem deseja. A preocupação da igreja é que o tal membro, em desacordo com a palavra de Deus, não contamine os demais, não manche o nome da igreja como um todo, manchando assim o nome de Cristo, não dê mal testemunho. No entanto, certas atitudes são inevitáveis. A igreja não consegue, não tem e não deseja o controle absoluto sobre a vida de determinado membro e não podemos viver saindo de igreja, a busca de uma que seja supostamente perfeita só por causa da falta de caráter de alguns. O que devemos fazer é prosseguir, aconselhar, combater.
Então, fica valendo, também, o conselho do irmão que escreveu o diálogo com o apóstolo Paulo: SEJA VOCÊ A IGREJA PERFEITA, dentro da Igreja que você encontrou pregando e vivenciando o que está escrito na Palavra de Deus, essa é a Igreja ideal, quanto a alguns membros imperfeitos? Não saia da Igreja, ore por eles e faça a sua parte, seguindo a vontade de Deus, lembrando que não devemos julgar a todos, igualmente, por causa de uma minoria. Quando Jesus voltar vai fazer a separação entre os membros. Entre os que são fiéis e os que não são, entre o joio e o trigo (Vou repetir a análise desse texto no tópico 47).
Quando os apóstolos saiam para fazer a obra de Cristo e milagres aconteciam as pessoas tinham a tendência de querer endeusá-los, idolatrá-los:
“Disse-lhe Pedro (ao aleijado): Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho (a fé, o poder de Deus), isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda. Tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente os seus pés e artelhos se firmaram e, dando ele um salto, pôs-se em pé. Começou a andar e entrou com eles no templo, andando, saltando e louvando a Deus. Todo o povo, ao vê-lo andar e louvar a Deus, reconhecia-o como o mesmo que estivera sentado a pedir esmola à Porta Formosa do templo; e todos ficaram cheios de pasmo e assombro, pelo que lhe acontecera. Apegando-se o homem a Pedro e João, todo o povo correu atônito para junto deles, ao pórtico chamado de Salomão. Pedro, vendo isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos admirais deste homem? Ou, por que fitais os olhos em nós, como se por nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar?” (Atos 3.6-12).
Como veem o próprio Pedro não aceitou que as pessoas o venerassem, o idolatrassem, dizendo que o milagre não fora efetuado por eles próprios. Ele age em nome de Jesus. Que servo maravilhoso! Veja esse outro exemplo do grande apóstolo:
“No outro dia (Pedro) entrou em Cesareia. E Cornélio o esperava, tendo reunido os seus parentes e amigos mais íntimos. Quando Pedro ia entrar, veio-lhe Cornélio ao encontro e, prostrando-se a seus pés, o adorou, mas Pedro o ergueu, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem” (igual a ti - Atos 10.24-26).
Observemos a expressão “adorou”. Foi apenas um gesto rápido, prostrou-se aos pés do apóstolo, no entanto a Bíblia classificou como adoração, portanto, não há como negar idolatria, veneração, adoração perante as imagens. “Mas nós não adoramos!” A Bíblia afirma que é uma adoração.
* Em 1074 o papa Gregório VII (Hildebrando), decreta obrigatório o celibato dos padres (na Bíblia é opcional, podendo casar. O apostolo Pedro tinha sogra);
* Em 1090, Pedro, o Ermitão, inventou o rosário, que vai além de uma simples peça. É uma prática religiosa na qual as orações são recitadas e contadas com a ajuda de uma fileira de contas. Método adotado no século III, imitação de prática dos monges orientais. Também se disseminou o método de “rezar o terço”, ou seja, a terça parte do rosário. Diz a tradição que a “Virgem Senhora” apareceu a São Domingos, com o rosário nas mãos, e pediu que este difundisse essa devoção. Em 1520 o papa Leão X aprovou o rosário oficialmente. Não consta esse uso por parte da igreja Primitiva;
* No ano 1164 Pedro Lombardo enumera 07 Sacramentos; enquanto biblicamente os Evangelhos compreendem apenas dois: batismo e ceia do Senhor, já a religião do mitraísmo, nos tempos romanos, coincidentemente, praticava os sete sacramentos. Essa informação, dos sete sacramentos do mitraísmo foi compilada da Enciclopédia Barsa, embora não enumere os sete.
O Mitraísmo foi uma religião no Império Romano do 1º ao 5º século d.C. Muito popular, em particular entre os soldados, e foi, possivelmente, a religião de vários imperadores romanos. Na religião védica indiana, Mitra, cuja primeira menção data aproximadamente de 1400 a.C., era o deus que assegurava o equilíbrio do cosmo.
“...pois tomaram das suas filhas para si e para seus filhos; de maneira que a raça santa se tem misturado com os povos de outras terras; e até os oficiais e magistrados foram os primeiros nesta transgressão” (Esdras 9.2).
“...antes se misturaram com as nações, e aprenderam as suas obras. Serviram aos seus ídolos, que vieram a ser-lhes um laço...” (Salmo 106.35,36).
* Em 1229, foi proibida a leitura da Bíblia, por parte de pessoas leigas, instituído no Concílio de Toulouse, ocorrido na cidade de mesmo nome, situada no sul da França;
Como é que uma igreja cristã proíbe a leitura da Bíblia?! Como é que essa igreja se diz "dos tempos de Jesus”, testamentária, mas chega a ponto de proibir a leitura da Palavra de Deus, enquanto foi pedido aos apóstolos que a mesma fosse divulgada?! Por que restringi-la apenas ao corpo clérigo da igreja, se Jesus mandou que o Evangelho fosse pregado a toda criatura? Nós evangélicos andamos “de mãos dadas com a nossa”. Essa nociva atitude por parte da igreja católica impediu a divulgação da Palavra, por muito tempo, ao longo dos séculos. Essa foi a luta de Martinho Lutero, dentre outros, que traduziu a Palavra de Deus.
* Em 1317 João XXIII ordena a reza “Ave-Maria” (Não existe tal prática na Bíblia); * No ano 1563 o Concílio de Trento definiu que a “Tradição” é tão valiosa como a própria Palavra de Deus. E passou a aceitar os livros apócrifos como canônicos;
"E assim por causa da vossa tradição invalidastes a palavra de Deus" (Mateus 15.6).
* Em 1870 o Concílio do Vaticano declarou a infalibilidade do Papa (Só Deus é infalível, ninguém mais!).
“Ao tolo nunca mais se chamará nobre... Pois o tolo fala tolices, e o seu coração trama iniquidade para cometer profanação e proferir mentiras contra o Senhor, para deixar com fome o faminto e fazer faltar a bebida ao sedento (sentido espiritual). Também as maquinações do fraudulento são más; ele maquina invenções malignas para destruir os mansos com palavras falsas... Mas o nobre projeta coisas nobres; e nas coisas nobres persistirá” (Isaías 32.5-8).
Percebam as sérias expressões bíblicas: “o tolo fala tolices”, “proferir mentiras contra o Senhor” (ou seja, criar teorias extra bíblica), “maquina invenções malignas” (como a historinha do inexistente Purgatório), “com palavras falsas” (teorias enganosas que não se encontram na Bíblia, que não tem o respaldo de Cristo).
Todas essas datas nos dá a noção de como realmente nasceu e passou a existir uma igreja diferenciada da igreja fundada pelos apóstolos. Uma igreja que colocava a Bíblia à parte e criava em Concílios suas próprias regras.
“Por isso o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor...” (Isaías 29.13).
“Este testemunho é verdadeiro. Portanto repreende-os severamente, para que sejam são na fé, não dando ouvidos a fábulas judaicas, nem a mandamentos de homens que se desviam da verdade” (Tito 1.13,14).
Foi o que sempre aconteceu nesses Concílios católicos: “mandamentos de homens”, regras próprias que só trouxeram cegueira. Teorias, conceitos, costumes que só servem para desviar o povo da verdade de Deus posto em sua Palavra. Em parte da igreja evangélica de hoje não é difícil vislumbrar tais atitudes também.
Desde o Concílio de Trento, a igreja cristã católica, subordinada à autoridade papal, passou a denominar-se “Católica Apostólica Romana”, em oposição às igrejas protestantes constituídas a partir da Reforma. O termo “católico” vem do grego katholikós, e do latim catholicus, que quer dizer "Universal".
O termo catolicismo, aplicado à igreja católica, aparece pela primeira vez por volta do ano 105, da Era cristã, na carta de Inácio, bispo de Antioquia. Esse termo não aparece na Bíblia, em contrapartida temos o termo “crente”, tanto no sentido verbal, de simplesmente crer, como adjetivo, no significado de seguir a Jesus e seus ensinos. Esse termo aparece 17 vezes, distribuídos em 15 capítulos, em uma Bíblia online que consultei, possa ser que esse número varie, de acordo com a tradução bíblica.
O dicionário tem uma definição que se aproxima da explicação que estamos dando, ser crente é, também, aquele “que segue uma religião protestante”, “membro de uma igreja protestante”.
“... e cada vez mais se agregavam crentes ao Senhor em grande número tanto de homens como de mulheres...” (Atos 5.14).
“Os crentes que eram de circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se...” (Atos 10.45).
“... estava ali certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego...” (Atos 16.1).
“... já é hora de despertardes do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando nos tornamos crentes” (Romanos 13.11).
Alguém poderá dizer que o termo “crente” é apenas um termo que define todos os que creem em alguma coisa, independente de religião. Pode ser, mas pelo menos estamos sendo extremamente bíblicos (“Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente”. João 20.27). Nesse caso é o sentido literal de crença.
Já o termo evangélico, do latim evangelicus, também não aparece na Bíblia em português, mas ele é oriundo, como se sabe, do termo latino evangelium, e do grego euaggélion, ou seja, “evangelho”, que significa “boas novas”, “doutrina de Cristo”.
No Novo Testamento não há menção do papado, ou da pessoa do Papa (apesar da liderança do apóstolo Pedro, inclusive casado), não há invocação e adoração a Virgem Maria ou Maria como mediadora, como exemplo de divindade, embora seja ela digna de nosso respeito e admiração.
Não há, na Bíblia, confissão de pecados a um sacerdote e este com poder de determinar o perdão. Em relação a isso o que está escrito é: “Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros...” Tiago 5.16.
O imperativo para que os pecados sejam confessados, inclusive, tanto a um cristão espiritual idôneo, como a um líder, que nos dará bons conselhos, é porque os mesmos fazem separação entre Deus e seus seguidores. Bem como demonstra nossa falibilidade, daí a necessidade de confessarmos, do contrário, permaneceremos na arrogância, na soberba, na mentira, como se fôssemos infalíveis diante dos outros.
O ato de não desabafar não é salutar ao nosso psicológico, ao não confessarmos possa ser que estejamos armazenando mágoas que só trarão doenças, cientificamente comprovado, e sob o aconselhamento mudamos de atitude, mas é só.
O nosso ouvinte, seja ele quem for, não tem autoridade de perdoar nossos pecados, junto a Deus, e de nada adianta determinar certas penitências que, supostamente, leve ao perdão. Se alguém me confessa algum pecado, minha atitude é mostrar-lhe por meio da Bíblia a sua condição e dizer-lhe que Jesus está pronto a levantar qualquer um que caiu desde que haja arrependimento sincero: “Se confessarmos os nossos pecados (a Jesus), Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. (I João 1.9).
Porém, se a pessoa pecou atingindo outra pessoa tem, sim; que pedir perdão, em primeiro lugar a Deus e ao tal indivíduo, nesse caso essa pessoa tem o poder de perdoar aquilo que a atingiu, se quiser, uma vez que pecamos contra ela; mas, se não perdoar isso é lá com a pessoa e Deus, a pessoa que magoou alguém fez a sua parte, pois foi feito o que Deus espera da pessoa. Já a pessoa que não perdoou vai se acertar com Deus. É a mesma coisa de nos desculpar com alguém, embora o pedido de perdão seja um grau mais elevado. No entanto, devemos nos solidarizar com a pessoa magoada, se tivemos culpa, e orarmos para que Deus sensibilize o coração dela para que não haja mais ressentimentos.
Nas andanças de minha pesquisa encontrei um defensor apaixonado do catolicismo e para justificar a posição da igreja católica, no que diz respeito à tradução do termo katólico, ou seja, “universal”, defendeu que esse mesmo termo aparece em Hebreus 12.23, como sendo uma referência à origem da igreja católica.
“Mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembleia (no céu) e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus o juiz de todos e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hebreus 12.22,23).
A etapa acima descrita foi alcançada com a vitória dos salvos quando chegaram à cidade santa no céu, depois da batalha terrena. A expressão “igreja dos primogênitos” é uma alusão à primogenitura do povo israelita, do povo judeu, segundo a Bíblia de Estudo, perante Deus, descrita em Êxodo 4.22. Completando o sentido, em Êxodo 4.23, Deus usa a expressão “deixa ir meu povo para que me sirva” (falando a Faraó), donde se supõem estar nesse versículo, no Antigo Testamento, a primeira referência do desejo de Deus constituir “igreja” por meio do ajuntamento do povo para prestar-Lhe culto. Assim nos explica a Bíblia de Estudo Pentecostal.
O autor de Hebreus, discursando aos “israelitas” ali reunidos ou que esteja narrando o discurso de alguém, relembra aos mesmos como se deu a trajetória deles pelo deserto até chegar ao monte Sião (por meio de Moisés) e à “Jerusalém celestial” (por meio de Jesus). O orador aborda esses símbolos para falar da “cidade do Deus vivo”, a “Jerusalém celestial”. O termo “universal” aí está para definir o ajuntamento glorioso dos “justos aperfeiçoados” juntamente com os “muitos milhares de anjos”, independente de denominação, mas a junção de muitas igrejas terrenas, onde a característica imprescindível para ter chegado até ali é a santidade. Esse ajuntamento é também uma visão profética que se dará com o “arrebatamento da igreja” de Cristo na Terra.
“Então eles, tendo-se despedido, desceram a Antioquia e, havendo reunido a assembleia (os membros da igreja), entregaram a carta. E, quando a leram, alegraram-se pela consolação (de Paulo)” (Atos 15.30-32).
"assembleia", aqui, não é uma instituição religiosa, propriamente dita, óbvio. Assim o fosse eu diria que a denominação, a “placa” da igreja Assembleia de Deus está assim descrita na ideia contida nesse versículo acima, ou em tantos outros, permita-me o simplório da coisa.
“Os céus louvarão as tuas maravilhas, ó Senhor, e a tua fidelidade na assembleia dos santos” (Salmo 89.5).
A expressão “igreja de Deus” é encontrada em oito capítulos.
“Paulo, chamado para ser apóstolo de Jesus Cristo... ...à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso..." (Coríntios 1.1,2).
Devemos descobrir, para compararmos, se a nossa igreja é compatível com a Bíblia. A Igreja Primitiva foi a primeira igreja evangélica detentora do ensino dos “Evangelhos”, relatada no livro de “Atos dos Apóstolos”.
A primeira menção do termo Igreja, nos tempos de Jesus, foi citado em Mateus 16.18: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...”.
A primeira alusão feita à igreja, depois da ascensão de Cristo, está em Atos 1.14 e 4.32, embora não apareça o vocábulo “igreja”, percebemos por meio da união e reunião dos convertidos a Cristo, bem como a primeira citação desse vocábulo aparece em Atos 5.11. Notemos que se trata dos seguidores de Cristo, dos fiéis à sua Palavra, que se reuniram para buscar a Deus, sem acrescentamentos, sem invencionices, até mesmo sem uma denominação específica, mas seguindo o que reafirmavam os apóstolos, ou seja, o culto constava da leitura da Palavra, pregação da mesma, de cânticos, oração e, conforme conveniência, a celebração da Ceia.
Pelo fato de Cristo afirmar ser O Caminho, os primeiros adeptos eram chamados apenas de os seguidores do Caminho (“...como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho diante da multidão, (Paulo) apartou-se deles...” Atos 19.9), ou a Seita dos Nazarenos (“Temos achado que este homem (Paulo) é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo, e chefe da Seita dos Nazarenos... Paulo, tendo-lhe o governador feito sinal que falasse, respondeu: ...confesso-te isto: Que, seguindo o Caminho a que eles chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas” (Atos 24.5,10-14).
Em, aproximadamente 43 d.C., na cidade de Antioquia, os seguidores de Cristo foram denominados, pela primeira vez, de cristãos.
O crescimento acelerado do cristianismo incomodava o Império Romano a ponto de perseguirem as lideranças consideradas ameaçadoras ao Império. Isso foi amenizado depois da “conversão” do Imperador Constantino, que “legalizou” o Cristianismo pelo Edito de Milão, em 314, d.C. Em 325, esse Imperador promoveu um encontro em Niceia com autoridades eclesiásticas compostas de 33 bispos, para definir as principais crenças e normas que deveriam nortear a conduta dos cristãos. Teria ele se baseado na Bíblia?
Constantino imaginou o Cristianismo como uma religião que poderia unir o Império que começava a se fragmentar. Os Imperadores sempre tiveram medo de perder o poder. O que fez Herodes quando Jesus nasceu? Tratou logo de matar todas as criancinhas para evitar que outro rei tomasse seu lugar. Ele não entendia que Jesus seria um Rei Espiritual, Jesus não estava interessado no poder político dos homens. Considerando isso, o que fez Constantino? “Já que eu não posso com o meu inimigo, unir-me-ei a ele”.
A igreja que Constantino “levantou” surgiu de uma mistura de parte dos seguidores, vulneráveis, suscetíveis, do verdadeiro cristianismo, com o paganismo existente, não só romano, ou seja, diversas práticas religiosas diferentes na época. Constantino achava que nem todos, de outras religiões vigentes, concordariam em abandonar seus credos místicos e abraçar o cristianismo puro, ensinado pelos Apóstolos. Ao mesmo tempo em que ele abraçava o cristianismo permitia a junção de crenças pagãs, com o intento de “agradar a gregos e troianos”.
Podemos afirmar que passaram a existir, para muitos, dois tipos de igrejas cristãs: a que mantinha os ensinos de Cristo, dos Apóstolos, um número resumido, a princípio, e a igreja "misturada", legalizada no decretado de Constantino, o qual deu origem ao cristianismo católico que chegou até nossos dias, assim nos explicam os estudiosos.
A maioria dos Imperadores romanos (e cidadãos) era henoteísta. Um henoteísta é alguém que crer na existência de muitos deuses, mas dá atenção especial a um deus em particular, ou considera um deus em particular como superior e acima dos outros deuses. Por exemplo, o deus romano Júpiter era supremo, acima dos demais deuses romanos (deus do amor, da guerra, da sabedoria, etc.).
Na igreja católica, por exemplo, existe São Expedito, “o santo das causas urgentes”, etc.
O catolicismo considerou que seria possível seguir essa linha e “consolou” Deus, como se isso fosse possível, colocando-o acima de todos os santos, esse é mais um legado romano. Mas a Bíblia nos ensina que Deus quer exclusividade.
Quando a Igreja Católica, naquele momento os Katholicós, formada por Constantino absorveu o paganismo, inclusive, romano, ela simplesmente substituiu o panteão de deuses pelos santos. Assim como no panteão romano de deuses havia um deus do amor, deus da paz, deus da guerra, deus da sabedoria, etc., da mesma forma, na Igreja Católica foi instituído um santo “responsável” por cada uma destas coisas, e muitas outras categorias.
Muitas cidades romanas tinham um deus específico para cada uma delas, também a Igreja Católica providenciou “santos padroeiros” para as cidades. Lembrando, que o melhor ensino religioso, não é o que está nas enciclopédias, mas na Bíblia. “Nenhum servo pode servir a dois senhores...” (Lucas 16.13). “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (ou acudidos), é o que nos ensina a Palavra em Atos 4.12. Então, se não há outro nome capaz de nos salvar, devemos apelar somente para a Trindade Santa e a ninguém mais.
Em vez de pregar o Evangelho segundo a Bíblia, o Imperador Constantino, universalizou, isto é, uniu dessemelhantes grupos e permitiu que práticas estranhas viessem para o “cristianismo dele” através desses grupos. Aos cristãos verdadeiros da época (os Primitivos, dos tempos de Cristo, dos Apóstolos), restavam-lhes duas opções, ou ficavam com os ensinos da Palavra de Cristo, e seriam perseguidos alguns mortos; ou passariam para o outro lado. Sabemos o que eles escolheram: muitos foram perseguidos e mortos.
A igreja católica também considera os mártires (Testemunhas) como sendo os “pais” da igreja. Ela estendeu esse vocábulo, oriundos da linguagem latina, à liderança católica, presente nos termos “padre”, “abade” e “papa”.
O papado romano foi criado com o apoio dos imperadores, com o objetivo de centralizar o poder religioso.
Quando um papa morre, outro deve ser escolhido para assumir o seu posto. Quem, então, ocupou o lugar de Pedro? Qual é a prova bíblica de que a autoridade de Pedro foi transmitida de geração em geração e de bispo em bispo, até chegar ao atual papa de nossos dias, segundo a Bíblia?
Outra questão, meramente católica, é o celibato. Não existe nenhum texto bíblico justificando o celibato dos sacerdotes, que deveria ser uma “entrega” pessoal, um ato de santidade voluntário, não imposto pela Igreja. Isso era tão sério que o apóstolo Paulo se referindo a esse tema disse que, para qualquer um de nós, “bom seria se não se casassem”, como ele, pois haveria mais dedicação à obra de Deus, por parte dos solteiros, mas; para que não vivessem tentados e traídos pela carne, causando escândalos, “melhor que se casem” (I Coríntios 7.8,9). Tanto, que o apóstolo Pedro era casado.
O celibato foi uma decisão tomada por volta do ano 306, em Elvira (antiga cidade perto de Granada, Espanha), 19 bispos e 24 presbíteros da península ibérica decretaram o celibato do clero, sendo reafirmado no Concílio de Latrão II, em 1139.
O que ocorre, segundo os estudiosos, é que os imperadores passaram a fazer doações, que foi enriquecendo a Instituição e então se criou o celibato para impedir que a fortuna fosse dividida entre herdeiros.
Boa parte da Igreja Católica tradicional pouco prega sobre as práticas mundanas bem óbvias, tais como farras, bebedices, fumar, sexo antes de casar, etc., sobre seguir o mundanismo de modo geral (exceção para alguns padres). Quem aborda esse tema geralmente são os católicos carismáticos e boa parte deles meio que copiou os evangélicos, pois passaram a falar em “evangelização”, “pregação”, “oração”, termos estes só utilizados pelos Crentes, inclusive passaram a cantar música gospel.
A Bíblia nos ensina: “Aquele que é amigo do mundo é inimigo de Deus” (Tiago 4.4). Isso é muito sério! Inimigo de Deus?! Sim. Os seguidores do mundanismo preferem as farras, as bebedeiras, os vícios, os prazeres da carne, do que seguir o que a Bíblia ensina, do que preparar-se para a vida eterna; pois para isso é necessário o sacrifício da renúncia. Jesus, segundo a Bíblia, quer exclusividade em nossas vidas, Ele não quer nos dividir com nada. Isso não acontece só com os “mundanos” tem muito crente, evangélico, de “fachada”.
No livro de Êxodo, está afirmando que Deus “é um Deus ciumento”, no bom sentido.
Há que se pregar sobre o Novo Nascimento, que é a conversão de vida. A Palavra de Deus nos diz:
“Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo” (João 3.3,6,7).
O que é nascer de novo? É descobrir a verdadeira vontade de Deus, através da Bíblia, é renunciar às práticas que a Bíblia condena, é se apaixonar por Jesus, de modo que passa a viver diferente, exemplo: Se bebia, não bebe mais, se fumava; se mentia se odiava se outrora era demasiado carnal, passa a não viver mais assim, etc. Experimenta-se uma grande libertação e renovação, pois a Palavra de Deus nos liberta, e o Espírito Santo nos convence a ponto de acharmos natural tais renúncias, que já não tem mais nenhum peso, não é uma coisa forçada, não é por que o “pastor manda”.
O que vemos hoje é que as pessoas estão cada vez mais longe de Deus e perto das farras, do mundanismo, com atitudes e linguajar que não agradam ao Senhor, embora não queiram admitir isso. Simplesmente na veem nada demais.
Precisamos nascer de novo. Precisamos ser gerados de novo.
“Já que tendes purificado as vossas almas na obediência à verdade... sendo de novo gerados, não de semente corruptível (meramente humana), mas de incorruptível (espiritual), pela palavra de Deus, a qual vive e permanece” (I Pedro 1.22-23).
A Igreja de Cristo na terra tem a incumbência, entre outras coisas, de pregar a respeito da volta de Jesus. A humanidade precisa ouvir que a Bíblia afirma que Jesus voltará segunda vez, à Terra para buscar um povo que se encontra preparado, afastado do pecado, para ir morar com ele no céu.
“... Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado” (ou seja: sem os nossos pecados que ele levou quando se ofereceu na cruz - Hebreus 9.28).
“Diante de Deus, que todas as coisas vivificam, e de Cristo Jesus, que perante Pôncio Pilatos deu o testemunho da boa confissão, exorto-te a que guardes este mandamento sem mácula e irrepreensível até a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo...” (I Tm 6.13,14; II Tm 4.8).
Principais características da igreja contemporânea, espelhada na Igreja Primitiva, segundo o livro de Atos dos apóstolos, que dita as normas e os padrões estabelecidos para uma igreja neotestamentária:
* Mediante poderoso testemunho da igreja, os pecadores são salvos (“... mas aquele que perseverar (fiel) até o fim, esse será salvo”. Mateus 10.22), por meio da Palavra, são nascidos de novo, batizados nas águas, por imersão, hoje, de pré-adolescente (alguns) a adulto, conforme testemunho e conscientização (“De sorte que foram batizados os que receberam a sua Palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos...” Atos 2.41,42).
Finalizando esse estágio serão acrescentados à igreja como membros; participam, então, da Ceia do Senhor, comem o pão, como símbolo do corpo de Cristo e bebem o vinho, que simboliza o sangue do Filho de Deus: “Enquanto eles comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. E tomando um cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos...” (Mateus 28.26.27).
A Bíblia não fala de hóstia (embora segundo o dicionário de etimologia, hóstia é uma partícula de pão ázimo que se consagra na missa). Como podemos analisar, o pão foi “partido”, ali na hora, simbologia do corpo de Cristo repartido por todos, e o vinho foi bebido por “todos” como fazemos na igreja evangélica. A igreja católica molha a ponta da hóstia no vinho e apenas o padre bebe do vinho. Não foi assim ensinado.
A proibição do cálice aos fiéis se deu em 1414 no Concílio de Constança (Sempre os tais Concílios...), e reforçando, nesse mesmo concílio católico fora tomada a decisão de condenar à fogueira o padre reformador Jan Huss, que era contra a posição da Igreja e afirmava: “...O Senhor me deu o conhecimento das Escrituras...”.
* Deverá haver absoluta lealdade ao Evangelho, aos ensinamentos originais de Cristo e dos Apóstolos (“... edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina...” - Efésios 2.20);
* Os membros da igreja dedicam-se ao estudo e pregação da Palavra de Deus e à obediência da mesma (“Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da Palavra”- Atos 6.4 - Atos 18.11 - Romanos 15.18 - Colossenses 3.16);
* Os membros deverão separar-se dos conceitos mundanos, bem como de suas práticas e não devem aceitar ensinos que contrariam a Bíblia (“Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vêm do Pai...” - I João 2.15,16- Romano 12.2 - II coríntios 6.17 - Gálatas 1.14);
* Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes, quando estes são combatidos por meio da Palavra, mas, como luz, devemos influenciar o mundo e não sermos contaminados por ele (“Enquanto eles estavam falando ao povo, sobrevieram-lhes os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus, doendo-se muito de que eles ensinassem o povo, e anunciassem em Jesus a ressurreição dentre os mortos, deitaram mão neles, e os encerraram na prisão até o dia seguinte; pois era já tarde. Muitos, porém, dos que ouviram a palavra, creram, e se elevou o número dos homens a quase cinco mil” -Atos 4.1-3 - Atos 5.40 - Atos 9.16 - Atos 14-20);
* A Igreja, enquanto casa de Deus, não compactua com a idolatria, nem aceita imagens, ídolos, sob seu teto (“ ...Tiago, tomando a palavra, disse: Irmãos, ouvi-me: ...julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos...” - Atos 15.7,13,19,20).
“Também a imagem esculpida (estátua) do ídolo que tinha feito, ele (Manassés) a colocou na casa de Deus...”. Manassés tanto fez errar a Judá como aos moradores de Jerusalém... (ao conduzir o povo pela desobediência). Pelo que o Senhor trouxe sobre eles os comandantes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam Manassés com ganchos e, amarrando-o com cadeias de bronze...
E estando ele angustiado, suplicou ao Senhor seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais; sim, orou a ele; e Deus se aplacou para com ele, e ouviu-lhe a súplica, e tornou a trazê-lo a Jerusalém, ao seu reino. “Então conheceu Manassés que o Senhor era Deus. Ora, depois disso... (Depois de se arrepender e ser libertado, Manassés) tirou da casa do Senhor os deuses estranhos e o ídolo, como também todos os altares que tinha edificado no monte da casa do Senhor, e em Jerusalém, e os lançou fora da cidade. ...e ordenou a Judá que servisse ao Senhor Deus de Israel” (II Crônicas 33.7-16);
* A igreja deve preocupar-se com o ensino da Palavra às crianças (“Então lhe trouxeram (a Jesus) algumas crianças para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreenderam. Jesus, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus”. Mateus 19.13,14).
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbio 22.6).
“E todos os teus filhos serão ensinados do Senhor; e a paz de teus filhos será abundante”. (Isaías 54.13).
“... desde a infância (Timóteo) sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (II Timóteo 3.15).
www.vivos.com.br
As Valkírias – pdf-https://meocloud.pt/link - https://cld.pt/dl/download/
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BÍBLIA de Estudo Pentecostal – AT e NT. Referências e Algumas Variantes. Trad. João F. de Almeida. São Paulo, CPAD/SBB, 1995.
BÍBLIA Sagrada (Eletrônica, AT e NT). Europa Multimídia. Programação: Leandro Calçada, Ilustração: Wilson Roberto Jr. Colaboração: Thélos Associação Cultural.
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Vide tópico 56 - Referências Bibliográficas