52 - Dando continuidade atermos utilizados por Paulo Coelho, temos ainda:
Valkíria
O termo procede do nórdico antigo, Valkyrja, em tradução literal significa “as que escolhem os que vão morrer”. Eram deidades menores, servas de Odin. São personagens de antigas superstições ligadas à mitologia dos povos nórdicos, também chamados escandinavos, ou seja, povos da Escandinávia formada pelos países Suécia, Dinamarca, Finlândia, Noruega e Islândia.
Conta a mitologia que elas eram belas jovens, virgens guerreiras, que cavalgavam cavalos, armadas de capacete (elmos) e lanças. Seu nome pode ser compreendido, também, como “as que colhem os mortos”. Elas sobrevoavam os campos de batalha escolhendo quais guerreiros, os mais bravos, recém-abatidos, entrariam no Valhala.
A mitologia nórdica, ainda chamada de mitologia germânica, viking ou mitologia escandinava, é uma coleção de crenças e histórias compartilhadas por tribos do norte da Germânia (atual Alemanha).Essas “deusas” mais parecem anjos da morte.
Votan
Odin, Wotan para os povos germânicos (alemães) e Woden para os anglo-saxônicos (povo formado de tribos germânicas), o mais destacado dos três deuses escandinavos. Ele era o deus da suprema autoridade cósmica, pai universal, rei dos deuses e senhor do Valhala, a quem as Valkírias entregavam os guerreiros mortos em batalha.
Seu papel, como o de muitos deuses nórdicos, é complexo; é o deus da sabedoria, da guerra, da morte, e ainda, em menor escala, da poesia, da profecia, da vitória e da caça.
Como deus da guerra era encarregado de enviar suas filhas, as Valquírias, para recolherem os corpos dos heróis mortos em guerra, para se sentarem ao seu lado no Valhalla, de onde presidia os banquetes. No fim dos tempos Odin conduzirá os deuses e os homens contra as forças do caos na batalha do fim do mundo, garante essa cultura.
A Bíblia também nos fala de uma grande batalha que se dará entre Cristo e o Anticristo, e ocorrerá no Vale do Armagedom.
A mitologia nórdica tenta explicar a formação do mundo, como fazem as demais, nesse caso por meio da morte do gigante Ymir, abatido por Odin, cada parte do corpo desse gigante deu origem a terra, aos mares, etc.
Bruxo
Designa o praticante de qualquer tipo de feitiçaria, de bruxaria. Adepto das artes mágicas, que vão desde o culto à natureza ao culto satânico. O narrador de As Vakírias nos alerta: “Havia muito mais bruxos e feiticeiros do que as pessoas sonhavam” (p. 32).
"Quanto àquele que se voltar para os que consultam os mortos e para os feiticeiros, prostituindo-se após eles, porei o meu rosto contra aquele homem, e o extirparei do meio do seu povo. Guardai os meus estatutos, e cumpri-os. Eu sou o Senhor, que vos santifico” (Levítico 20.6,8).
“... Tirarei as feitiçarias da tua mão, e não terás adivinhadores; arrancarei do meio de ti as tuas imagens esculpidas e as tuas colunas; e não adorarás mais a obra das tuas mãos. E com ira e com furor exercerei vingança sobre as nações que não obedeceram” (Miqueias 5.12-15).
“Ficarão de fora os cães (zombadores, escarnecedores, sem temor algum), os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira...” (Apocalipse 22.15,16).
“...no Senhor nosso Deus está a salvação...” (Jeremias 3.23).
Vahalla (Valhalla, Walhala)
Valhöll, também do nórdico antigo, significa “salão dos mortos”. É o grande “palácio” de Odin(o “céu” dessa mitologia), morada final dos guerreiros mortos em combate, liderado por Odin (Votan), onde ele se diverte em festins com os heróis escolhidos, aqueles que morreram, valentemente, em batalha, pois são excluídos todos os que pereceram de forma pacífica.
Feiticeiros Ojibuei
“Ojibwa” é uma tribo indígena, cujo “Grande Espírito”, chamado Kitchi Manitó, não é um mero criador, como o deus das mitologias, é também o mantenedor do universo, afirmam seus defensores. Ele não apenas criou o mundo e vela por ele, mas sonha com um mundo desejado e assim faz com que ele exista. A mitologia, deste modo, o define.
Manitó (ou Manitô, pl. Manitu) designação indígena que os índios Algonquinos, lennin-lenapes ou deluauares, grupos indígenas habitantes da região da América do Norte, sul do Canadá. Os mesmos dão a uma força mágica não personificada, contida em todas as coisas, pessoas, fenômenos e atividades entre eles.
Por meio de Manitó é que se deu a criação do mundo, ele que, no princípio se encontrava em uma grande nuvem, perdido no espaço criou o vasto mundo.
A famosa “dança da chuva” nasceu nas tradições de uma casta dos guerreiros-feiticeiros nativo-americanos da tribo Ojibwa.
“Não vos voltareis para os que consultam os mortos(o espírito de alguém que já morreu) nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 19.31).
“Aquele que vencer herdará estas coisas (salvação); e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Mas, quanto aos... ...feiticeiros... ...a sua parte será no lago ardente de fogo (inferno) e enxofre, que é a segunda morte...” (Apocalipse 21.3-13).
Nome Mágico
O nome mágico é o codinome religioso secundário, adotado, comumente, por praticantes da Wicca e outras formas de bruxaria neopagã.
O nome mágico pode ser utilizado, como proteção de privacidade do indivíduo, mais ainda por aqueles que não se assumiram como mago ou bruxo. A ideia de usar um nome alternativo como tentativa de desenvolver uma ‘persona’ diferente, não é restrita apenas aos neopagãos. Antes do surgimento do neopaganismo pseudônimos similares eram usados por Escritores de Grimórios (ou “Livro das Sombras”, são coleções medievais de feitiços e encantamentos mágicos).
Nas formas tradicionais da Wicca, como a Gardneriana ou a Alexandrina, nomes mágicos são levados em consideração por seus simbolismos. Esses nomes devem ser mantidos em segredo e usados apenas entre membros do próprio coven (conventículo ou conciliábulo). É a designação para um grupo de bruxos (as) que se unem em “laço mágico”, com o objetivo de louvar a deusa ou ao deus, tendo em comum um juramento de fidelidade.
Os wiccanos que escolhem ocultar sua religião a fim de evitar discriminação religiosa, também usam o nome mágico quando falam para a imprensa. O uso do nome mágico na internet é muito usado em fóruns e grupos.
Satanás não consegue ser original. Quero crer que esse nome “mágico”, é uma versão às avessas do “Novo Nome” que a Bíblia garante a quem alcançar a salvação:
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer... ...dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” (Apocalipse 2.17).
A expressão “novo nome” aparece duas vezes em dois capítulos no livro de Apocalipse e “nome novo” aparece uma vez citada pelo profeta Isaías:
“E as nações verão a tua justiça, e todos os reis a tua glória; e chamar-te-ão por um nome novo, que a boca do Senhor designará” (Isaías 62.2).
Sétimo Raio
Quando os homens apelam para Deus, nos informa o site “espaço místico”, esses apelos são percebidos e respondidos pelos “Mestres Ascensionados”, que estão entre Deus e os anjos. Eles são também dirigentes dos Sete Raios.
A Bíblia afirma que não há outro mediador entre o homem e Deus, além de Cristo, pois só ele pagou preço na cruz e não há respaldo bíblico para a necessidade de intermediário entre Deus e os anjos. Os anjos não agem sem a ordem de Deus e de Cristo:
Só Satanás está acima dos anjos caídos e Deus os controla a todos.
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,o qual se deu a si mesmo em resgate por todos...” (I Timóteo 2.5,6).
Segundo creem os esotéricos a evolução da humanidade é impulsionada por emanações oriundas do Deus Supremo, afirmam os místicos (não sei se esse Deus Supremo é o mesmo do Cristianismo e não pode ser, pois a Bíblia nada ensina sobre isso). Tais emanações são conhecidas como Raios, cada raio com determinado objetivo, num total de sete.
Lembremos que, pela Bíblia, Satanás foi visto por Jesus na ocasião de sua queda, queimando como um raio, nesse momento Satanás perdeu seu estado etéreo. Isso nos faz lembrar um meteoro queimando-sena atmosfera. Daí a nova teoria de que ele, ao passar por esse fogo foi “regenerado”, apenas sofreu uma transmutação, portanto, a coisa não é tão feia quanto se pinta a respeito do Diabo. Só um fogo regenera: o fogo de Deus, do Espírito Santo de Deus.
“O nosso Deus vem, e não guarda silêncio; diante dele há um fogo...” (Salmo 50.3).
“Respondeu-lhes ele(Jesus): Eu via Satanás, como raio, cair do céu” (Lucas 10.18).
A Grande Obra
O nome A Grande Obra (do latim, Magnum Opus) vem da analogia com a criação do mundo por Deus, e ao projeto de redenção que ela contém. Refere-se ao caminho da evolução espiritual da humanidade, crescimento e iluminação, que é a meta da magia cerimonial. Também se refere à doutrina ou filosofia religiosa difundida pelo bruxo e ocultista britânico, Aleister Crowley (1875/1947), a partir de 1904.
Somente um Ser foi capaz de uma Grande Obra por todo o Universo, incluindo Céus e Terra. Essa expressão “Grande Obra” aparece em três capítulos da Bíblia:
“Assim o Senhor, naquele dia, salvou Israel da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. E viu Israel a grande obra que o Senhor operara contra os egípcios; pelo que o povo temeu ao Senhor, e creu no Senhor e em Moisés, seu servo” (Êxodo 14.30,31).
“O povo serviu ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que sobreviveram a Josué e que tinham visto toda aquela grande obra do Senhor, a qual ele fizera a favor de Israel” (Juízes 2.7).
Tudo não passa de uma fajuta e distorcida cópia das coisas grandiosas e maravilhosas de Deus.
Duendes
É uma criatura descrita como miniatura humana à semelhança de um anão, em geral dotada de grande inteligência e com poderes mágicos, entre os quais a capacidade de tornar-se invisível, informa seus adeptos. Correspondente ao Elfo e outros seres da mitologia nórdica. Também conhecidos em português como gnomos, são apresentados como habitantes de cavernas subterrâneas e que tem deformidades físicas (corcunda, por exemplo).
Várias pessoas, simpatizantes ou adeptas do esoterismo ou da magia, afirmaram tê-los vistos. Verdadeiros demônios em miniatura.
“Quanto à tua terribilidade, enganou-te a arrogância do teu coração, ó tu que habitas nas cavernas dos penhascos...” (Jeremias 49.16).
Fadas
Nas histórias infantis, a fada é um ser lendário, dotado de poderes sobrenaturais, que intervém por meio da magia nas questões humanas.
A ideia da fada procede da Idade Média, mas em muitas mitologias anteriores surgiram figuras similares, como as ninfas gregas.
Nos contos infantis as fadas são, em geral, belas, bondosas e de aparência etérea.
As bruxas seriam uma versão má das fadas; e as fadas uma versão feminina para anjos, uma vez que alguns acreditam que a fada também age como “madrinha”, como protetora invisível.
Psicografia
“Psico” e “grafia”, do grego, escrita da mente ou da alma. O vocabulário espírita explica que é a capacidade atribuída a certos médiuns de escrever mensagens ditadas por Espíritos.
Segundo a doutrina espírita, a psicografia seria uma das múltiplas possibilidades de expressão mediúnica existentes. Allan Kardec classificou-a como um tipo de manifestação inteligente, por consistir na comunicação escrita e discursiva de uma suposta entidade incorpórea ou espírito, por intermédio de um homem.
“Não vos voltareis para os que consultam os mortos... ...não os busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 19.31).
“O homem ou mulher que consultar os mortos ou for feiticeiro, certamente será morto. Serão apedrejados, e o seu sangue será sobre eles” (Levítico 20.27).
www.espacomistico.com.br (Espaço Místico: “O lado esotérico da internet”).
BULFINCH, Thomas (1796-1867). O Livro de Ouro da MITOLOGIA(A Idade da fábula). Histórias de deuses e heróis. Trad. de David Jardim Júnior -11ª Ed. - Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.
BÍBLIA Sagrada (Eletrônica, AT e NT). Europa Multimídia. Programação: Leandro Calçada, Ilustração: Wilson Roberto Jr. Colaboração: Thélos Associação Cultural.
Dicionário (antigo), sem identificação.
COELHO, Paulo. As Valkírias. 76ª ed. Rio de Janeiro. Editora Rocco, 1992.
Vide tópico 56 - Referências Bibliográficas