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53 - O homem e a religião
53 - O homem e a religião

53 - O homem e a religião

“...olho para as pessoas como J., que estão em paz, e através desta paz encontram a comunhão com Deus...   ...me pergunto: será que escolhi o caminho errado?...” (As Valkírias – pdf - meocloud- p. 67).

Escolheu.

O que é religião? Um conjunto de regras e conceitos, meramente humanos, de conotação espiritual, com o objetivo de se chegar a Deus? Religião é “religare”, é a tentativa do homem se ligar a Deus por meio de seu próprio sistema.

Ser religioso somente não quer dizer nada. Alguém há de se perguntar e o objetivo não é esse? Senão, qual a diferença?

O religioso é meio “robótico”, movido por costumes e ritos que as regras impõem, facilmente moldável, diferente do convertido a quem as regras da Palavra de Deus o converteram e o convenceu, salvo raras exceções, e isso domará suas atitudes por obediência a Deus. E quando ele quebra essas regras, ainda que involuntariamente, ele teme e se arrepende, às vezes quando muitos não o veem, e busca mudanças.

A religiosidade em si não opera transformação no ser humano, muito menos o salva, embora o convença de algumas coisas, daí a importância de sermos “convertidos” pelo Espírito Santo, que opera em nós o temor, o respeito a Deus. Por meio disso pautamos nossas atitudes, preferindo, até, ser ferido a ferir.

Muitas vezes a religiosidade é uma crença na existência de forças sobrenaturais desconhecidas, praticadas por curiosidade ou para preencher um vazio na alma, que nem todas as mais variadas religiões o preencheriam. Todo homem tem um vazio, permita-me o clichê, do tamanho de Deus em seu coração. Alguém já disse, e é verdade.

Não adianta tentar preencher-se com cinco, dez ou noventa e cinco por cento com ‘qualquer coisa’, seja ritos, caridade, conceitos mirabolantes ou indo à igreja dez vezes ao dia. O que o homem precisa é temer a Deus, com todas as suas forças, com todo o seu coração, preencher-se dele. Não viver mais sob seus próprios conceitos, mas submeter-se às ordenanças de Deus.

Antes de temê-lo, precisamos conhecê-lo e só o conheceremos se nos aproximarmos, se abrirmos nosso coração, se eliminarmos os ceticismos, nos entregando, não nos deixando ‘rodopiar’ por todo tipo de ensino. Ora crendo nisso ora crendo naquilo, ou misturando uma coisa com a outra, sem firmeza e convicção. E acima de tudo colocar em primeiro lugar a Bíblia, reconhecê-la como a verdadeira Palavra de Deus, é por meio dela que conhecemos a Deus, a ponto de se o que lhe foi ensinado não consta da Bíblia, descarte, não pratique.

Ser apenas religioso não é suficiente. Temos em exemplo. Segundo os estudiosos católicos, Santa Tereza afirmou que “o sinal da cruz é uma forte arma contra Satanás”. Isso é um mero gesto que não tem nenhuma serventia no mundo espiritual satânico, se fosse verdade o Padre Pio, não teria sofrido tanto tempo sem conseguir a libertação de um espírito mal que o atingia, segundo narrou o sacerdote Guido, por que, pelo visto, o Padre Pio não sabia usar o nome de Cristo com autoridade, o que é fundamental para a expulsão, além de uma vida santificada (senão o demônio zomba e acusa, temos visto essa experiência no meio evangélico, embora seja raríssima a zombaria satânica), como exemplifica a Bíblia: “Voltaram depois os setenta (discípulos em missão) com alegria, dizendo: Senhor, em teu nome, até os demônios se nos submetem”. (Lucas 10.17). Mas quando são muitos resistentes, Jesus dá mais uma orientação: “Senhor, tem compaixão de meu filho, porque é epiléptico e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água. Eu o trouxe aos teus discípulos, e não o puderam curar.E Jesus, respondendo, disse: ó geração incrédula e perversa! até quando estarei convosco? até quando vos sofrerei? Trazei-mo aqui.Então Jesus repreendeu ao demônio, o qual saiu de menino, que desde aquela hora ficou curado. Depois os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular, perguntaram-lhe: Por que não pudemos nós expulsá-lo? Disse-lhes ele: Por causa da vossa pouca fé... ... esta casta de demônios não se expulsa senão à força de oração e de jejum” (Mateus 17.15-21).

É preciso dedicar um tempo para essa finalidade.

“...aplica-te à leitura, à exortação, e ao ensino... Ocupa-te destas coisas, dedica-te inteiramente a elas, para que o teu progresso seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino (recebido); persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (I Timóteo 4.13-15).

“Ora, irmãos... ...que em nós aprendais a não ir além do que está escrito...” (I Coríntios 4.6 - Aprendamos por meio dos apóstolos, que não criavam suas próprias regras).

“Aplica-te à leitura”, “ocupa-te destas coisas...”. Relendo esse texto percebo o quanto somos negligentes em relação à espiritualidade. Preferimos nos dedicar ou gastarmos tempo com outras coisas. É lamentável e temeroso.

Durante a copa de 2014, no Brasil, fomos surpreendidos pela atitude arrogante do técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Escolari, ele que se mostrava sempre religioso, acendendo suas velas para alguns santos de sua devoção (conforme declarou em algumas reportagens que eu ouvi por acaso, um trechinho).

Irritado, ante alguns questionamentos por parte dos jornalistas, soltou desagradáveis impropérios. Ao ser arguido sobre seus métodos, afirmou, em entrevista coletiva: “... eu sempre espero que compreendam (seus métodos); mas, se não quiserem compreender vão para o inferno!”

No outro dia uma manchete de jornal estampava, em elas por elas: “Vá você para o inferno, Felipão! ”Uma pessoa temente a Deus jamais vai desejar que alguém fosse parar em um lugar tão terrível quanto o inferno, nem de brincadeira; mas se o fizer que o arrependimento seja grande e sincero, pois a carne é fraca. Já a meramente religiosa não se importa com isso. Sei que muitos compreenderão como um mero xingamento, mas isso não agrada a Deus.

A religiosidade apenas, não nos livra da tentação demoníaca, de atos inflamados pelo Diabo, do inferno, que é um lugar terrível! Deus criou o inferno exclusivamente para o Diabo e os anjos caídos, não para o homem, pelo contrário; àquele que vai a Deus, em toda situação, mas especialmente antes de morrer, antes que seja tarde, procurando acertar-se com Ele, nunca é ‘jogado’ fora, nunca é rejeitado, nos diz a Bíblia, e mais: “Deus não quer que nenhum se perca” (II Pedro 3.9). O que acontece é que escolher a salvação é optar por um caminho com regras, estreito (Isaías 28.9,10), para alguns, doloroso de tão estreito e certos pecados dão imenso prazer, ou não parece fazer tão mal, é difícil desvencilhar-se deles, renunciá-los, admiti-los como pecados, mas é possível.

“As águas roubadas são doces, e o pão (pecado) comido às ocultas é suave. Mas não sabem que ali estão os mortos (espiritualmente), que os seus convidados (seduzidos) estão nas profundezas do inferno” (Provérbios 9.17,18). 

Contudo, as pessoas só querem crer em um Deus “bonzinho”, sempre afagando o homem, Ele realmente o afaga: só o homem em si, para o homem que quer manter o pecado não tem afago. Se optarmos por crer na Bíblia, vamos ter confiança no que aprendemos dela, não deixemos alguém desmanchar nossa crença, a não ser que estejamos errados em tal interpretação, nesse caso pediremos orientação a Deus e procuraremos ouvir pessoas idôneas.

A Palavra de Deus nos garante que não é o homem que encontra Deus; é Deus quem encontra o homem, pois, de alguma forma o homem sempre esteve distante dele. “Vós não me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos designei...”. (João 15.16). Alguém pode dizer: “Então, vou continuar esperando, afinal, não tenho visto nada que pareça Deus escolhendo-me”! Isso nos faz lembrar o suposto exemplo de um homem que estava ante uma inundação, que o afogou, pois ele dizia a cada um que vinha em seu socorro: “Estou esperando pela salvação do Senhor”, e não aceitava a que estava vindo ao seu encontro enviado justamente por Deus.

Deus nos escolhe quando nos alerta por meio de nossa consciência para lermos a Bíblia, prestarmos atenção nos nossos atos, que muitas vezes se alinham por conceitos que contradizem a Palavra de Deus. Quando vem até nós um convite para assistirmos um estudo bíblico, para confrontarmos um ensino tradicional com a Palavra de Deus, etc. Pois assim, pouco a pouco, estaremos nos achegando a Ele, e essa união ficará estreita cada dia.

Os Maias, os Astecas, os Incas, os egípcios, etc., cultuavam e adoravam o sol, a lua, o planeta Vênus, seguindo suas regras, seus ritos. Isso também é religião. Não é disso que estamos falando. Estamos falando, reafirmo, de“Relacionamento com Deus”. Precisamos ter Deus de forma íntima e pessoal. Devemos incluí-lo em nosso cotidiano da mesma forma que faríamos com alguém íntimo.

Relacionamento com Deus, não é: “mais uma religião”, como se o homem precisasse de mais religião. Meu esclarecimento, e desejo, não são para que a pessoa “venha para minha religião”; mas que venha para Deus, venha para dentro da Bíblia. Que se relacione com Jesus de forma íntima e pessoal. Devemos incluir Deus em nosso cotidiano da mesma forma que fazemos com alguém intimo: clamar a Ele, mostrar-se grato, expor-lhe os problemas com fé, pedir perdão, afastar-se do pecado, etc.

Devemos consultá-lo, não apenas nos momentos difíceis, mas sobre qualquer decisão a ser tomada. Precisamos buscar sua presença, orar a Ele constantemente, enquanto dirigimos, enquanto arrumamos a casa... Enquanto executamos algum trabalho, enquanto passeamos... Citando seu nome ao nos dirigirmos a Ele, expor nossa gratidão, nossos problemas de maneira natural como se o víssemos. Devemos consultá-lo na tomada de decisões, devemos buscar sua presença.

Alguém poderá pensar: “Puxa, então liguei uma tomada e tudo é Deus, tudo é Deus... O que sobra para mim?” Tudo! O Senhor nos ensina que devemos buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e as demais coisas Ele fará vir até nós.

“Busquei ao Senhor, e ele me respondeu, e de todos os meus temores me livrou. Olhai para ele, e sede iluminados; e os vossos rostos jamais serão confundidos. Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu, e o livrou de todas as suas angústias” (Salmo 34.4-6).

“Porque este Deus é o nosso Deus para todo o sempre; ele será nosso guia até a morte” (Salmo 48.14).

Antes de o casal primitivo ser expulso do Éden, ele tinha um relacionamento com Deus. Adão e Eva conheciam a Deus, sentiam a presença dele no Jardim e falavam diretamente com Ele, o pecado os separou de Deus. Deus é perfeito e não pode viver no meio de pecado. Depois disso o homem tentou encontrar Deus por meio de suas próprias regras, regras essas que não implicassem em renúncia, que não exigissem uma entrega total.

Antes de termos um encontro com Cristo estávamos afastados de Deus por causa do pecado. Podemos observar isso no exemplo do relacionamento entre pai e filho, quando estes estão distanciados por causa da rebeldia e desobediência do filho. Deus não nos quer distanciados dele, indiferentes, frios, alienados. Era preciso restaurar o relacionamento pessoal com ele, para isso ele enviou seu filho Jesus.

Com a nova aliança restabelecida na cruz por Cristo, o Espírito Santo nos convence do pecado, a palavra nos gera de novo, ocorre nossa regeneração, ou seja, um “novo nascimento”.

Josh Mcdowell, no filme: “O Inicio da Vida de Josh Macdowell” (youtube), afirma que “o Cristianismo não é uma religião, é um relacionamento. Você poderá dizer: qual a diferença?! Religião se trata de homens e mulheres tentando abrir caminho até Deus por meio de boas ações e rituais religiosos. O Cristianismo é Deus vindo a nós por intermédio do Filho Jesus Cristo oferecendo-nos um relacionamento”.

“Oferecendo-nos um relacionamento”, e como vimos a Bíblia traz orientação de como será esse relacionamento. As Escrituras nos informam que não fomos nós que encontramos Deus, Ele foi quem nos escolheu. Ele está sempre a nossa procura.

O que é preciso para se iniciar um relacionamento com Deus?

A primeira coisa é desejar esse relacionamento. Devemos nos conscientizar que nossa alma, nosso espírito, precisam ser preenchidos pelo sentimento de comunhão com Ele, como disse o profeta Isaías:

“... na tua memória (Deus) está o desejo da nossa alma. Minha alma te deseja de noite; sim, o meu espírito, dentro de mim, diligentemente te busca; porque, quando os teus juízos estão na terra, os moradores do mundo aprendem justiça” (Isaías 26.8,9).

Veja que o nosso desejo vai parar na mente de Deus, devemos ter bons desejos e cuidado com os maus.

Segundo passo é reconhecer que é pecador, mas que não quer continuar dessa forma, e que carece de Deus para ser perdoado e ter uma nova vida. O profeta chega a enfatizar: “A minha alma te deseja”.

“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23).

“Todos pecaram”, começando por Adão, no gênesis, e indo até João, autor de Apocalipse, exceção apenas para Jesus. Precisamos ter consciência que o pecado nos separa de Deus. Deus é Santo e o homem é pecador. Um grande abismo separa os dois. O homem está continuamente procurando alcançar a Deus e a vida abundante, através de seus próprios esforços, que são: vida reta, boas obras, religião, filosofia, etc…

“… eu (Jesus) vim para que tenham vida e a tenham em abundância  (João 10.10).

Eis aí, segundo a Bíblia, quem pode nos dar “vida em abundância”. Deus tem um plano na vida de cada um, ou melhor, um objetivo: resgatar-nos do pecado, por meio de Cristo. Jesus é a única solução de Deus para o homem pecador. Por meio dele podemos conhecer e experimentar o amor e o plano de Deus para nossas vidas.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3.16).

O Filho de Deus é o único que nos conduzirá pelo Caminho que leva ao Pai, sem precisar auxiliares. Não há outro. De nada adianta trilhar certas veredas. A pessoa dará voltas e mais voltas, mas não atingirá o céu:

“Respondeu Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6).

A religiosidade, em si, é uma mera prática de costumes, regras, ritos, novos preceitos, conceitos, idas e vindas à igreja, que só robotizam o homem. Diferente de você encontrar Deus pela fé, fé essa que dá a certeza absoluta de Sua existência como um Ser (pessoal) e mais: que está bem ao nosso lado, Criador, Poderoso, Absoluto, Insubstituível, e por quem você é apaixonado! É um pacto de amor com Cristo, em que você passa a viver com Ele, para Ele e por Ele. E a recompensa? O céu, a vida eterna.

Essa compreensão torna aceitável e viável sua Palavra. Caso a pessoa não seja transformada, a Palavra constitui-se meras regras, sem serventia ou um verdadeiro fardo ou estranheza a quem está de fora em relação ao que crer dessa forma, ao que segue a Palavra.

Quem segue a Bíblia entende que Deus busca o Homem para ter com este o relacionamento, que meras atitudes religiosas não o levam a atingir o alvo, que é interagir com o Pai.

No livro de Jó temos um conselho do próprio:

Apega-te, pois, a Deus, e tem paz, e assim te sobrevirá o bem. Aceita, peço-te, a lei da sua boca, e põe as suas palavras no teu coração. Se te voltares para o Todo-Poderoso, serás edificado; se lançares a iniquidade para longe da tua tenda...” (Jó 22.21-23).

Veja, é condicional: “SE”. Se conseguir afastar-se do pecado.

Deus tanto me faz rir, de puro enlevo; como me faz chorar, quando me ensina por vias dolorosas. Mas eu o amo, por Ele renuncio a mim mesma, não tanto quanto deveria, mas pouco a pouco eu chegarei ao gosto de sua vontade. Nunca plena, porque somos carne e pó; plena, só no céu. Minha alma saboreia Deus.

Quando realmente queremos viver segundo a vontade de Deus, nós o tememos e o respeitamos, não queremos decepcioná-lo, com as atitudes do “eu”, do egocentrismo, da carne, da maldade, daí, a importância da Palavra, que nos orienta.

A falta de certos “ajustes” também impede o relacionamento com Deus. Costumamos nos analisar: “tem alguma coisa errada em mim? Tenho maltratado alguém? Tenho ódio, mágoa...?” Porém, uma análise mais objetiva nos leva a pensar: “Algum irmão tem algo contra mim? Fiz ou disse algo que o ofendeu? Preciso encontrá-lo, esclarecer e pedir perdão?”Se há algum entrave, se não estamos conseguindo nos relacionar, é porque ainda não “morremos”.

Há que haver “morte” daquilo que nos separa de Deus, para que nele tenhamos vida:

“ ...de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para Deus” (Romanos 6.10).

O que tem que morrer em nós?

Quando recebemos a Jesus devemos morrer duas vezes: para o mundo e para nós mesmos. O apóstolo Paulo disse: “Já não vivo eu, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2.20). Se realmente “morremos” produzimos muitos frutos, pois levamos muitos ao Senhor Jesus, ao conhecimento de Cristo, por meio de nossas novas atitudes. Esse será um relacionamento produtivo. Se não houver morte agiremos segundo a velha criatura, nesse caso não haverá frutos, nem relacionamento com meus semelhantes, nem com Deus. Se por um desentendimento criamos uma brecha em nosso convívio com o membro da família de Deus, não poderemos nos aproximar do Senhor com nossa oferta, pois ela não será aceita.

Não pense que é fácil. Nossa velha natureza estará sempre guerreando. Muitas vezes, apesar do reconhecimento, esse processo é lento e gradativo, mas é importante que ele ocorra, que, quando a “poeira baixe” pensemos na vontade do Senhor e nos mostremos arrependidos.

Deus não está interessado em que cumpramos um ritual religioso. Ele não busca sacrifícios, ele busca os verdadeiros adoradores, aqueles que a Ele se entregam de toda a sua alma, todavia, a ira, desacordo, desarmonia, ciúme, falta de perdão e relacionamentos rompidos com membros do corpo de Cristo interrompem nossa comunhão com Deus. Devemos nos humilhar e pedir perdão, só assim nossa comunhão será restaurada com nosso irmão e com Deus.

“Quem ama a sua vida (apego às coisas que o separa de Deus), perdê-la-á...” (João 12.25).

De outra forma, costumamos ouvir: “Apegue-se a qualquer coisa...” essa coisa qualquer tem o nome de uma religião, uma crença com uma conotação espiritual qualquer, para muitos nem importa; o importante para esses é o homem não ficar no vácuo do desinteresse espiritual, mas isso não quer dizer que ele tenha relacionamento como Deus Criador Universal em sua vida, que seu compromisso é com Cristo; embora ele jura que seja.

A maioria das pessoas julga-se facilmente filhos de Deus, pois Deus só considera como sendo seus filhos aqueles que lhe obedecem. Queremos Deus como Pai? Temos que aceitar seus ensinos:

“Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho” (II João 1.9).

Queremos ser filhos de Deus? Precisamos nos deixar guiar pelo Espírito de Deus. E onde está o Espírito de Deus para que nos guiemos por ele? Está na Palavra. Quando rejeitamos a Palavra, para nos deixarmos guiar por conceitos meramente tradicionais estamos rejeitando a orientação do Espírito de Deus. Lembrando, que a Palavra é categórica: “Escolhei, hoje, a quem haveis de servir” (Josué 24.15).

“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus” (Romanos 8.14).

Para isso temos que receber a Cristo e vivermos por sua Palavra:

“Nisto conhecemos que somos os filhos de Deus, se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são penosos...” (I João 5.2,3).

Somos advertidos para termos o cuidado de não aceitar os falsos ensinos e para classificarmos todos os ensinos, que não permanecem na doutrina de Cristo, como vindos de “mestres” sem Deus, que já se encontram sob a condenação divina:

“Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo... Olhai por vós mesmos...” (II João 1.7).

“... há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema (amaldiçoado). Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gálatas 1.6-9).

- E se vivemos segundo sua vontade a nossa não pode prevalecer

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2.20).

O versículo que se segue faz um alerta para quem quer ter uma religião verdadeira, esta deve ter por coluna principal o amor e separação do mundanismo: “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isentos da corrupção do mundo”, (Tiago 1.27), ou seja, amor e separação do mundanismo.

Alguém poderá pensar: “esse é o resumo de religião?! Encaixo-me perfeitamente, pois amo meu semelhante”! Amar, fazer o bem, parece fácil? Acha que a maioria, boa, já age assim?

Vou contar meu exemplo. Ultimamente eu estava sofrendo assédio moral, meio que sendo perseguida, por parte de uma colega de trabalho e sempre relevando tudo. Quando a maré baixava, eu procurava dirigir-me a ela e ficávamos bem até a próxima perseguição dela. Já se iam três anos nessa tolerância, apesar de minha chefia conhecer bem a situação, até que cheguei para Deus e falei: “Ah, Deus, eu não aguento mais. Essa mulher aprontou de novo e eu não vou mais me dirigir a ela como costumo fazer. Cansei! Não a odeio, não quero o mal dela, quero só que o Senhor tome providência, quanto a isso. Se ela se dirigir a mim, pedindo ajuda, estarei pronta pra ajudá-la, inclusive. O Senhor sabe que até de Sua Palavra ela zomba, cheia de confusão, mas eu não vou mais me dirigir a ela”.

O que ocorre, é que a amei noventa por cento, quando Deus esperava que eu o fizesse cem! É difícil tolerar os “setenta vezes sete” ao dia, para o perdão, que a Bíblia nos ensina, que a religião pura requer. Mas não podemos desanimar, pouco a pouco vamos ficando ao gosto de Deus, até por que está em jogo a nossa salvação (algum tempo depois eu estava procurando um meio de me reaproximar dela e conseguia, novamente, até o próximo levante da tal).

Uma adepta de certa religião me disse, ao saber que sou evangélica: “Passei alguns anos com os evangélicos, lá em Portugal. Quase mudei de religião.” Mas é claro que não o fez. Essa pessoa não entendeu nada do que ensina a Bíblia, durante esses anos ao lado de pessoas que são familiarizadas com a mesma, se tivesse entendido, saberia de que lado ficar: do lado da Palavra de Deus. Pois não se trata de mudar de igreja, isso é apenas uma consequência, mas de ficar com o ensino bíblico correto que nos está destinado desde os tempos de Adão e que, infelizmente, vem sendo distorcido ou desconsiderado.

A Bíblia ensina renúncia ao mundanismo, à carnalidade, à idolatria, ao apego às imagens, aos vícios, às coisas demoníacas. Nela contém o ensino do Novo Nascimento, e o principal: da salvação por meio de Cristo, e esta não quer dizer: “Deus sabe onde me colocar”, “Deus sabe a respeito do que vai acontecer sobre mim, após a minha morte”. “Se ele vir que eu mereço...” Não-é-nada-disso! Não se trata de “talvez...” A salvação é real, e é escolha nossa em vida, e nós tomamos posse dela ao seguirmos certos pré-requisitos que a Bíblia dita, ainda assim, temos que ter muito cuidado quanto às muitas interpretações errôneas e estar vigilantes quanto a nós mesmos, pois somos fracos.

Muitos não têm a convicção para onde vão. Eu tenho uma certeza: qualquer pessoa que morrer no pecado irá para o inferno. Não tem como fugir dessa verdade (Que Deus nos livre!).

Satanás, com sua sagacidade chega manso e suave para com certas pessoas e os convence da seguinte maneira: “Eu, ser crente igual a fulano... igual a cicrano... Por isso não quero mais saber desse negócio... É tanto pastor ladrão (julgando, supondo, na maioria das vezes, sem conhecer a situação da igreja e a vida do pastor, intimamente), é tanto crente velhaco... (e não está enganado) fuxiqueiro, mentiroso”. Não percebe que o Inimigo já marcou ponto em relação a tais atitudes, o Inimigo já o fez recuar, fez com que a pessoa não desse mais crédito aos demais, por conta de uns poucos falsos.

Jesus escolheu: um que havia de lhe trair, outro que cobrava imposto, provavelmente até de forma fraudulenta, outro meio iracundo, outros medrosos. Eu pergunto: quem esteve naquela cruz? O apóstolo Pedro? Mateus? Paulo? Maria? Um pastor? Um padre? Um desses crentes falsos da atualidade? Aquele que esteve lá merece meu apreço, minha credibilidade e minha fé. É a ele que eu sigo intimamente. É por ele que faço parte de determinada igreja. Aos demais cabe esse versículo: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7.21-23).

Salvação é individual. Portanto, se a pessoa ficar olhando para quem não vai entrar, ficará de fora também.

 

 

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As Valkírias – pdf-https://meocloud.pt/link - https://cld.pt/dl/download/

BÍBLIA Sagrada (Eletrônica, AT e NT). Europa Multimídia. Programação: Leandro Calçada, Ilustração: Wilson Roberto Jr. Colaboração: Thélos Associação Cultural

Vide tópico 56 - Referências Bibliográficas