46 - A Igreja Evangélica
A Igreja Evangélica é totalmente perfeita? Não. Mas a igreja de Cristo dentro da igreja evangélica é santa e perfeita. Deus busca os que vivem segundo a sua vontade. Lá existem pessoas comprometidas com Deus e outras nem tanto. Somos cientes de que a salvação é individual, o testemunho também.
O meu pai, muito menos o meu pastor, pode me dar a salvação, eles apenas me ensinam o bom caminho. Eu não vou ficar olhando para a vida desregrada de ninguém, minha obrigação, se tiver oportunidade, é mostrar pela Bíblia, o quanto o tal está errado, mostrar-lhe que está causando escândalo, etc. Por que ninguém transforma ninguém, esse papel é do Espírito Santo, e todos seremos julgados.
Parte das igrejas evangélicas tem se deteriorado, espiritualmente. Algumas delas encaixam-se direitinho nas descrições das igrejas do apocalipse que foram recriminadas: alguns pastores arrogantes, cheios de falácias, vivendo no luxo e na opulência, construindo impérios, dizendo que pertence à igreja, quando a maioria simples de seus membros jamais usufruirá, enquanto os mesmos dirigem seus “possantes” carros não veem que o membro simplório passa necessidade, está doente e não tem como conseguir uma consulta de imediato, uma cirurgia.
Igrejas cheias de vaidades, seja no espírito seja na fachada física, com “irmãs” que não se vestem moderadamente e expõem seus corpos por meio de roupas curtas, decotadas ou justíssimas, seja saia ou qualquer outra peça, com pessoas vivendo na idolatria gospel, com cantores cobrando cachês exorbitantes em palcos iluminados tal quais os de shows mundanos, com pastores pregando de camisetas nos púlpitos, com calça jeans rasgada, muito justa. A moda do momento é pintar a igreja de preto. Deus vai nos pedir conta.
Igrejas misturadas com o mundanismo e aplaudindo-o, em vez de combatê-lo, esquecem-se da seriedade da Palavra quando afirma:
“Segui a paz com todos, e a santificação (processo que, dia a dia, nos leva a separarmos do pecado e que nos diferencia dos mundanos), sem a qual ninguém verá o Senhor...” (Hebreus 1.14).
A mensagem, em algumas delas, já não é tanto sobre a salvação, sobre a terribilidade do pecado que nos separa de Deus, sobre o sacrifício crucial de Cristo, sobre como alcançar o céu ou como evitar cair no inferno. Estão pregando mais sobre como derrubar as muralhas, como matar o gigante, como se apossar das fortalezas, não que a prosperidade não seja coisa de Deus, é de Deus e é ótimo! É importante que a busquemos, com equilíbrio, entendendo o que Jesus falou: “no mundo tereis aflições, tribulações”.
Pregam sobre como devemos “amar” a Deus, de como Deus nos ama, o que acaba passando, também, uma imagem de um Deus “só” amoroso. Não falam que ele é um Deus de justiça, de ira, de fogo consumidor, que abomina o vício do pecado.
Um pensamento de um pregador famoso nos diz o seguinte: “Antes dizíamos: Procure uma igreja evangélica mais próxima de sua casa. Agora devemos dizer: Procure a igreja que estiver mais próxima da Bíblia”.
Alguns “telepregadores” parecem querer abraçar o mundo com os braços e as pernas, aí os encontramos em todos os canais, e para manter-se fazem campanhas mirabolantes para arrecadar dinheiro para a manutenção desses programas. A Bíblia nos ensina que há tempo para tudo, portanto, não é por “força”. É como se estivéssemos em uma corrida para apressar a vinda de Jesus, embora devamos nos portar de maneira que ele logo venha, mas com equilíbrio.
“... por causa deles (de alguns) será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, ou avareza, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita” (II Pedro 2.2,3).
“Farão de vós negócio”. Logo se vê que aquele pastor humilde já não mora sequer em um bairro classe média, ele agora vai para os condomínios fechados, alguns vivem em verdadeiras mansões. Se for com o dinheiro dele, com um salário de pastor que não seja exorbitante, ótimo, e que ele procure estar demonstrando isso, não por que tem que dar satisfação a um e a outro, mas para a igreja de Cristo, para o evangelho não ser escarnecido. Se depois disso as pessoas não quiserem acreditar, aí é outra história, pois esse negócio de que “meu patrimônio é pequeno, tudo pertence à igreja” não dá mais para engolir.
Em relação aos excessos na TV, estariam eles exagerando ou Deus os usa, pois também tem pressa? Deixo essa interrogação. Inclusive, entre esses tais, existem, também, os que não têm escrúpulo, e nenhuma ética, e tiram outros do ar ao oferecer mais dinheiro ou aceitam proposta para ocupar lugar de outrem. É o que dizem, é o que ouvimos dizer. Alguém pode pensar: “mas se ele dispõe de mais recurso...?” Entretanto é totalmente antiético e desrespeitoso.
Eu sei que a maioria coloca tudo na obra, a despeito do que pensam os ímpios, pelo menos boa parte, inclusive, eles têm arrecadação própria, por meio de vendas de CD, DVDs e livros, se eles hospedam-se em hotéis “dez” estrelas bem pode ser por seus próprios meios financeiros, quem não gosta do melhor para si?
Seja como for eles prestarão contas a Deus, podendo perder a salvação, se não estiverem de acordo com a vontade do Senhor. “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai...” (Mateus 7.21).
“Ai deles! porque foram pelo caminho de Caim, e por amor do lucro se atiraram ao erro de Balaão... ...pastores que se apascentam a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos; são árvores sem folhas nem fruto, duas vezes mortas, desarraigadas; ondas furiosas do mar, espumando as suas próprias torpezas, estrelas errantes, para as quais tem sido reservado para sempre o negrume das trevas” (Judas 1.11-13).
Outros perdem muito tempo respondendo aos ímpios, quando na verdade dão-lhes boas brechas. Ao responderem vociferam termos terríveis para um pastor ou qualquer servo de Deus: “safado”, “vagabundo”, “canalha”, “salafrário”! Esquecem-se dos escândalos que causam, esquecem-se dos “pequeninos”, que tropeçaram na fé, decepcionando-se por causa disso.
“Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos tropeços! pois é inevitável que venham; mas ai do homem por quem o tropeço (o escândalo) vier!” (Mateus 18.6,7).
Esse versículo acima tanto se refere às crianças, como aos “pequeninos na fé” quando sofrem escândalos.
“... seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão” (Romanos 14.13).
“Não vos torneis causa de tropeço nem a judeus, nem a gregos, nem a igreja de Deus...” (I Coríntios 10.32).
Esses “tropeços” são aquilo que empurrou o fraco na fé de volta ao esfriamento, ao mundanismo, pois ele já não sabe em quem acreditar. Seu coração decepcionado e endurecido não quer mais saber de igreja nenhuma. Ele passa a rotular todas as igrejas como iguais.
Outro dia fiquei pasmada com um pastor que, com um livreto na mão, tomou muito tempo de um vídeo só para rebater o outro que tinha uma interpretação bíblica diferente. Ele não foi nada sábio. Ainda que alguém tenha pedido a ele essa explicação, como ele mesmo falou. Ele poderia ter exposto sua opinião com base na interpretação bíblica que ele próprio crer, sem citar o nome de quem quer que seja. Mas não. O nome do outro era constantemente relatado.
Lá pelas tantas ele chama o pregador, autor do livreto, o qual ele o examinava, item por item, de “louco”. “Mas ele é louco!” dizia ele. Esquecendo o que a Bíblia dele tem para ensinar-lhe:
“Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disser a seu irmão: Raca (idiota, estúpido, louco, doido) será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo (que não tem senso, que é meio doido), será réu do fogo do inferno” (Mateus 5.22).
Por fim, diante de certo parágrafo do que estava escrito, no sentido de defesa, o analista, crente, aparentemente pastor, no vídeo, falou algo que foi o cúmulo da inconveniência e que foi de uma baixeza inenarrável e mundana. Ele disse: “Ele (o que escreveu o livreto), está querendo agora tirar “o dele” da reta...”. Pelo amor do Pai! Isso vale à pena?! Uma pessoa dessa não tem mais o que fazer?! Poderia estar ocupando seu tempo em pregar um evangelho genuíno, que agrada a Deus e alcança as almas.
Infelizmente existem muitas pessoas se posicionando de maneira errada dentro das igrejas evangélicas. Tem indivíduo que ele saiu do mundo, mas o mundo não saiu dele. Um exemplo: era roqueiro ferrenho, lá no mundanismo, continua como tal e balança sua cabeça freneticamente ao som de música gospel no estilo de rock, inclusive fazem até tatuagem. Onde está o sinal de transformação total que o Evangelho produz? O Evangelho é de transformação, renovação e não de adaptação. A luz não tem que se adaptar às trevas, ela tem que iluminá-la. O evangelho molda; não é moldável a nosso bel-prazer.
E eu, vou deter-me ante tudo isso? EU NÃO! Não sigo a igreja que se pauta por si mesma, não sigo determinados líderes que estão fora da Bíblia. Eu sigo a Cristo, que me conduz por meio de sua Palavra. Até porque essa não é a “igreja” que vai subir, não é a igreja de Cristo; é a que vai ficar, provavelmente, se não se arrepender. Jesus falou que haverá uma escolha no meio daqueles que são dele ou que se dizem ser. No meio do povo de Deus há duas igrejas: a que obedece (Trigo) e a que não obedece (Joio), a que vai subir no arrebatamento e a que vai ficar, pois mantém o nome de Deus da boca para fora.
Não estou falando aqui que a igreja é totalmente composta por pessoas perfeitas, trata-se de seres humanos com suas limitações, mas certos comportamentos têm que ter limite. Mas não é por isso que vamos sair por aí pulando de igreja em igreja buscando a de pessoas perfeitas. Cada um permaneça naquilo que foi chamado e se sente bem, as demais coisas Deus tudo vê e dará solução no momento certo.
Encontrei um texto passeando no wattsapp, o qual não sei quem o produziu, mas é maravilhoso, e nos ensina:
“Estava procurando uma Igreja perfeita e resolvi ligar para o apóstolo Paulo” (diz o personagem):
- Alô, é o apóstolo Paulo?
- Sim. É ele.
- A paz do Senhor Jesus!
- Amém, irmão!
- Desculpe o incômodo, apóstolo, mas estou precisando de sua ajuda. É que ando decepcionado com muita coisa na Igreja a qual pertenço e estou a procura de uma Igreja perfeita. Estou pensando em congregar em Corinto. Ela é uma igreja legal?
- Olha a Igreja de Corinto tem grupinhos... (I Co 1.12). Tem inveja, contendas... (I Co 3.3). Brigas que vão parar nos tribunais de justiça comum ( I Co 6.1) e tem até alguns fornicadores (I Co 5.1).
- E a igreja de Éfeso?
- É uma Igreja alicerçada na Palavra (At 20.27), mas, ultimamente, tem muita gente sem amor por lá (At 2.4).
- Então, penso em congregar em Tessalônica.
- Lá têm uns que andam desordenadamente, não gostam de trabalhar e se intrometem na vida alheia (II Ts 3.11).
- Hum! Tá difícil, hein, apóstolo?! E se eu for para a igreja de Filipos?
- Filipos até que é uma Igreja boa, mas lá têm duas irmãs que se chamam Evódia e Síntique que se desentenderam e estão sem conversar uma com a outra (Fp 4.2).
- Então eu vou mudar-me para Colossos e começar a congregar lá.
- Olha, em Colossos têm uns hereges que estão tumultuando o ambiente. Tem um grupo lá que anda cultuando a anjos (Cl 2.18).
- Que coisa! E se eu for para a Igreja dos gálatas?
- Bem, lá têm uns crentes se mordendo e devorando uns aos outros (Gl 5.15).
- Não sabia que era tão difícil achar uma igreja perfeita. Entrei em contato com o apóstolo João para saber se a igreja de Tiatira seria ideal, mas ele me disse que os irmãos lá têm tolerado uma mulher que se diz profetisa e que tem fomentado a prostituição e a idolatria (Ap 2.20). Pensei, então, na possibilidade de ir para Laodiceia, mas João me disse que seus membros estão muito longe da perfeição, pois são orgulhosos, materialistas e mornos espiritualmente (Ap 3.16). Perguntei sobre Pérgamo, e João me disse que lá têm alguns que seguem a doutrina dos nicolaítas e de Balaão (Ap 2. 14,15). Sabe, irmão Paulo, já pensei em ir para a Igreja Central em Jerusalém, mas ouvi dizer que tem muita gente preconceituosa lá (Gl 2.12,13), além de murmuradores (At 6.1) e alguns mentem ao ministério buscando destaque na comunidade (At 5.1-11). E agora? Como faço Paulo?
- Você precisa entender que não existe igreja perfeita (enquanto indivíduo), ela é composta por seres humanos. Meu conselho é que desista de procurar uma Igreja perfeita, e SEJA VOCÊ A IGREJA PERFEITA. Não deixe de congregar (Hb 10.25). Coloque-se à disposição de Deus. “Quando for à Igreja, não vá pensando que o culto vai lhe agradar, mas vá à Igreja OFERECER UM CULTO AGRADÁVEL AO SENHOR JESUS”.
Muito interessante essa “viagem” por entre as igrejas e podermos ver que alguns de seus membros não eram perfeitos e que nós estamos sujeitos a conviver com pessoas assim, nós próprios não somos. Mas se analisarmos bem esse texto podemos pensar que TODA a igreja poderá ser assim. Não é verdade. Cristo, em meio a esses indivíduos imperfeitos, fez elogio às Igrejas aos quais os mesmos congregavam, falando de um modo geral. Podemos observar isso sobre as Igrejas de Apocalipse.
Igreja de Éfeso:
- Elogio
“Sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos... ...e tens perseverança e por amor do meu nome sofreste, e não desfaleceste. ...E que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço”. (Apocalipse 2.2,3,6).
Havia pessoas dentro dessa igreja que apenas se diziam apóstolos, porém eram falsos.
Igreja de Sardes:
“Tens em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras… (espirituais)”. (Apocalipse 3.4).
Nessa outra igreja apenas poucas pessoas não tinham se contaminado.
O que acontece dentro dessas Igrejas com esses irmãos não apenas “imperfeitos”, mas que são encontrados no erro? A liderança procura o tal, para isso é importante que chegue ao conhecimento da mesma, não como fuxico, mas como a Bíblia ensina. Com uma ou duas testemunhas, conversa com ele, espera ver nele sentimento de arrependimento para que ele assim mude de atitude, é o que a Bíblia ensina (assim acontece em minha igreja), caso ele não mude de atitude ele será destituído do rol de membros, ou conforme a gravidade de seu erro, por determinado tempo. Nesse período, enquanto ele apresenta “frutos de arrependimento” ou não, estamos sujeitos a conviver com o tal, pois a Igreja não pode fechar as portas para ele, e nem deseja.
A preocupação da igreja é que o tal membro, em desacordo com a palavra de Deus, não contamine os demais, não manche o nome da igreja como um todo, manchando assim o nome de Cristo, não dê mal testemunho. No entanto, certas atitudes são inevitáveis. A igreja não consegue, não tem e não deseja o controle absoluto sobre a vida de determinado membro e não podemos viver saindo de igreja, a busca de uma que seja supostamente perfeita só por causa da falta de caráter de alguns. O que devemos fazer é prosseguir, aconselhar, combater.
Olha o que o apóstolo Paulo ensina enfaticamente sobre alguns membros:
“Mas agora vos escrevo que não vos comuniqueis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem sequer comais. (...) Tirai esse iníquo do meio de vós” (I Coríntios 5.11-13).
Essa atitude de “tirar” o membro de “dentro da igreja”, hoje é feito o desligamento do rol de membros, por um tempo, enquanto espera atitude de arrependimento sincero, como já foi referido.
Então, fica valendo, também, o conselho do irmão que escreveu o diálogo com o apóstolo Paulo: SEJA VOCÊ A IGREJA PERFEITA, dentro da Igreja que você encontrou pregando e vivenciando o que está escrito na Palavra de Deus, essa é a Igreja ideal, quanto a alguns membros imperfeitos? Não saia da Igreja, ore por eles e faça a sua parte, seguindo a vontade de Deus (Repeti a análise desse texto no tópico 47).
Seja como for, vamos olhar para Cristo, para sua Palavra e procurar uma igreja que esteja de acordo com a Bíblia, mas não espere, no entanto, procurar uma igreja com todas as pessoas perfeitas. Isso não existe. Somos todos imperfeitos. Muitas correções acontecerão dia a dia:
“Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mateus 22.14).
“... Havia um muro em redor... para fazer separação entre o santo e o profano” (Ezequiel 42.20).
Jesus, inclusive, falou da convivência entre os justos e injustos, entre o verdadeiro e o falso, quando nos falou da palavra do joio e do trigo, alertando-nos sobre a separação feita na “colheita”, no julgamento, relembrando:
Eu permaneço em minha igreja, faz trinta e cinco anos (2018). Posso vir a trocar de denominação, por outros motivos. Não fico olhando para os defeitos de parte dela. Mas não mudaria em busca de uma igreja com pessoas perfeitas, pois não vou achar.
Quantas vezes eu adoeci e nem sentiram minha falta para visitar-me (embora tenha sido visitada em outros poucos momentos), quantas vezes passei solidão e não tinha a companhia deles? Eu própria agi assim também, pois seguimos com nossas vidas. Ademais, só Jesus é a grande solução de nossos problemas. Ele é nosso médico, nosso advogado. Eu vou ter solução dos meus problemas ajoelhando-me aos pés dele e não sendo paparicada pelos membros de minha igreja. No final das contas só quero a paz com todos.
Não desejo transparecer, aqui, uma disputa religiosa onde minha religião é melhor que a sua ou: “você precisa ter meu ‘nível’ religioso”. Estamos o tempo todo falando de “Relacionamento com Deus”. Você costuma conversar com Ele? Contar-lhe tudo? Crer, com convicção, que Ele lhe ouve? Tem certeza que Ele vai responder-lhe? O que Ele já tem feito por você, de maneira bem pessoal? O que você tem feito por Ele (que na verdade só beneficia você próprio)? Tem renunciado às coisas carnais, mundanas, por amor a Ele? Tem contribuído para a salvação de alguns por meio da Palavra dele?
Além da Igreja Primitiva, que deu origem a muitas congregações, dentre elas as Sete Igrejas referidas no livro de Apocalipse, bem como outras igrejas citadas pelo Apóstolo Paulo, a Bíblia nos fala, não só de uma igreja, mas de algumas. Embora fossem “uni” em sua origem apostólica.
“Pois vós, irmãos, vos haveis feito imitadores das igrejas de Deus em Cristo Jesus...” (I Tessalonicenses 2.14).
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. Não vos torneis causa de tropeço nem a judeus, nem a gregos, nem a igreja de Deus; assim como também eu em tudo procuro agradar a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que sejam salvos”. (I Coríntios 10.31-33).
Também é encontrada a expressão “povo de Deus” em quatro capítulos:
“Os homens principais de todo o povo, de todas as tribos de Israel, apresentaram-se na assembleia do povo de Deus; eram quatrocentos mil homens...” (Juízes 20.2).
“Portanto resta ainda um repouso (eterno no céu) para o povo de Deus” (Hebreus 4.9).
Façamos parte da igreja do Deus vivo, do povo de Deus, porém, não pode ser de qualquer jeito, para isso temos que nos alinhar pela sua Palavra. Ele nos convida:
“Congregai-vos (agrupem-se), sim, congregai-vos (reúnam-se), ó nação sem pudor (sem respeito); antes que o decreto (de condenação) produza efeito, e o dia passe como a pragana (a inútil palha de alguns cereais); antes que venha sobre vós o furor da ira do Senhor, sim, antes que venha sobre vós o dia da ira do Senhor. Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra... buscai a justiça, buscai a mansidão... (Sofonias 2.1-3).
Glória a Deus!
BÍBLIA de Estudo Pentecostal – AT e NT. Referências e Algumas Variantes. Trad. João F. de Almeida. São Paulo, CPAD/SBB, 1995.
BÍBLIA Sagrada (Eletrônica, AT e NT). Europa Multimídia. Programação: Leandro Calçada, Ilustração: Wilson Roberto Jr. Colaboração: Thélos Associação Cultural.
http://www.gotquestions.org (sete-igrejas-Apocalipse)
Vide tópico 56 - Referências Bibliográficas